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HISTÓRIA

Museu preserva a memória da Polícia Militar

O Centro de Memória da Polícia Militar guarda documentos e peças históricas que ajudam a contar parte dos dois séculos da instituição, uma das mais antigas do Estado. Local abriga museu de visitação gratuita

Imagem ilustrativa da notícia Museu preserva a memória da Polícia Militar camera Carro antigo da Polícia Militar do Pará | Alberto Bitar

Instalado em uma construção histórica que data do século XIX na rua Gaspar Viana, o prédio do Complexo Histórico Tiradentes, o Centro de Memória da Polícia Militar do Pará resguarda documentos e peças históricas que ajudam a contar parte dos 204 anos de existência da corporação que está entre as instituições mais antigas do Estado. Mais do que a história da própria PM, o acervo composto por pinturas, equipamentos de rádio transmissão, armamentos, insígnias e veículos, remetem a recortes da história do próprio Estado do Pará.

A história da polícia com o prédio que hoje abriga o centro de memória tem início no período pós-revolta da Cabanagem, quando a edificação começou a ser erguida, em 1849. Já em 1853, o prédio que sempre serviu à Polícia Militar, já se encontrava em funcionamento. De lá para cá, 174 anos depois, não só o prédio passou por diferentes usos, como também os equipamentos utilizados e a própria forma de atuação da polícia, evolução que pode ser lida através das peças que compõem o acervo do Museu da Polícia Militar, um dos braços do Centro de Memória, ao lado da biblioteca e do arquivo geral da Polícia Militar.

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O chefe do Centro de Memória da Polícia Militar do Pará, Major Itamar Gaudêncio, explica que o Centro de Memória é uma unidade da PM que não é operacional e que tem como finalidade justamente resguardar os elementos que ajudam a entender as evoluções vivenciadas pela instituição desde a sua fundação, em 1818. “A Polícia Militar é uma instituição bicentenária que conta uma parte da história do Pará e que também é patrimônio da população paraense”, considera o major, que também é historiador. “Então, para além da questão externa, que é muito importante porque você vai perceber no museu alguns resquícios da história do Pará, como a participação na Guerra do Paraguai, internamente também é muito importante porque quando a gente trabalha a formação do militar, ele precisa entender de onde ele veio e qual é o atual papel dele”.

Mais do que simplesmente guardar os materiais históricos, o Major aponta que Centro de Memória tem a intenção de promover a pesquisa, de servir à realização de artigos científicos e manter uma atuação parceira com as universidades. “Com o Centro nós buscamos trabalhar com as escolas, com as universidades, uma forma de pensar essa memória interna que é boa para o policial entender, nos cursos internos de formação, da onde ele veio e qual é o papel dele hoje”, considera. “O papel dele, hoje, não é simplesmente defesa territorial, o papel dele hoje é a defesa do Estado democrático de direito, é a defesa do cidadão, é o juramento que ele faz em prol do cidadão e da coletividade”.

Um dos espaços que compõem o Centro, o Museu da Polícia Militar do Pará mantém em exposição uma grande variedade de objetos de diferentes períodos históricos, muitos utilizados pela própria instituição e outros que são réplicas de objetos utilizados em episódios importantes. Entre as peças que compõem o acervo, o Major Gaudêncio destaca uma pintura do marechal Manuel Deodoro da Fonseca, um dos responsáveis pela proclamação da República. O quadro foi feito pelo artista francês Auguste Petit. “O quadro do Marechal Deodoro é uma peça que está estimada entre R$300 mil a R$500 mil. Toda tropa recebeu um quadro dele quando proclamaram a República, em 1889, e a Polícia do Pará também recebeu e hoje tem um espaço para ele”.

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Outros itens que chamam a atenção de quem visita o museu é a grande variedade de equipamentos de rádio transmissão, todos utilizados pela corporação em diferentes períodos históricos. Além de recontar parte da evolução das formas de atuação adotadas pela polícia ao longo dos anos, os equipamentos também dizem muito sobre a evolução tecnológica da própria comunicação. “Nós recebemos esse material do CIOP e estamos em processo de levantamento, realmente, das informações. Existem algumas gravações nos gravadores que a gente ainda vai tentar degravar isso para saber qual era o período, como eram as ocorrências porque a gente tem as fitas, então, deve estar salvo aqui”, explicou o tenente Leonardo Santos, que é chefe do Museu da Polícia Militar do Pará.

Em um período em que as tecnologias voltadas à comunicação ainda eram bem diferentes das atuais, a própria forma de atuação da polícia no patrulhamento da cidade era outra. Se hoje há determinado batalhão que é designado para atuar em um determinado bairro ou dois, no passado se tinha uma rádio patrulha que girava Belém de ponta a ponta para fazer o patrulhamento. Nesse cenário, muitas vezes o rádio era o equipamento utilizado pela rádio patrulha e pela Patam, que eram especializadas, não pelos batalhões. Hoje, todas as viaturas já são equipadas com equipamentos modernos de rádio.

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