Belo Monte é uma das maiores potências de matriz energética do Brasil. Ocupando a posição da 4ª maior hidrelétrica do mundo, os investimentos neste projeto chegam a R$40 bilhões, entre recursos públicos e privados.
No entanto, a construção da hidrelétrica, que fica em Altamira, no Pará, causou impactos ambientais severos na Amazônia, além de danos à população atingida pela barragem.
Para discutir essas problemáticas, além da transição socialista das matrizes energéticas e tecnologia, articulando perspectivas de classe, gênero, raça, orientação sexual e etarismo, será realizada nesta próxima sexta e sábado (31 e 01) o III Seminário Intercultural, realizado pela Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior - Sindicato Nacional (ANDES-SN).
Nestes dois dias, estarão reunidos em Belém pesquisadores/as, especialistas e representantes de movimentos sindicais e sociais, que têm se dedicado aos estudos e às lutas em torno dessa discussão, associada ao campo dos direitos humanos, mudanças climáticas, direito ao trabalho e à terra.
Participam entidades governamentais, sindicatos, ONGs, movimento negro, de mulheres, LGBTQUIAP+, professores, estudantes e público externo. A partir da discussão serão encaminhadas pautas que possa orientar as políticas voltadas para o meio ambiente, energia/mineração e desenvolvimento nacional, a exemplo do Código Florestal, a Política Nacional de Meio Ambiente, o Plano Nacional de Mineração 2030 a 2050 e o Plano Nacional de Energia 2050, abordando também o combate ao garimpo ilegal, à grilagem de terras, às mineradoras e outros projetos que negligenciam a vida de quem habita na Amazônia.
As inscrições podem ser feitas por meio do formulário disponibilizado no site adufpa.org.br
Confira a programação:
31/03 – SEXTA -FEIRA – Local: Auditório “José Vicente Miranda” (ICJ, UFPA).
8h às 8h45 – Credenciamento
8h45 às 9h – Intervenção Cultural, Exposição de fotografias e Feirinha de Microempreendedores.
9h – 9h40: MESA I – Abertura e Saudação
Edivania Alves (ADUFPA), Rivania (ANDES-SN), Joselene Mota (ANDES – REGIONAL NORTE II), Marcos Soares (SINDITIFES), Representação Estudantil Quilombola da UFPA, Representação Estudantil Indígena da UFPA (Rodrigo Nascimento) e Jane Cabral ( MST).
10h – 13h: MESA II – Transição socialista das matrizes energéticas e tecnologia
José Domingues (UFMT), Cecília Feitoza (AAC), Movimento Xingu, Charles Trocate (MAM) e Ana Laíde Correa (Movimento Xingu Vivo).
13h-15h – Intervalo para o Almoço
15h – 17h – Mesa III – Racismo ambiental e as lutas antimachistas e antilgbtfóbicas no Campo e na Cidade
Zélia Amador de Deus (ADIS) e Emilly Cassandra (Grupo De Resistência Travestis e Transexuais da Amazônia – GRETA)
17h às 17h30 – Intervalo para o Lanche
17h30– 19h30 – MESA IV – O Direito à Vida, Democracia e Desenvolvimento Socioambiental
Vanuza Cardoso (Associação Quilombo do Abacatal), Lawrence Stivalet (UFBA) e Ruth Almeida (UFRA).
SÁBADO 01/04 – Assentamento agroecológico Mártires de Abril – MST
08:00 às 08:30 – Translado da UFPA para o Assentamento agroecológico Mártires de Abril – MST.
9h às 12h – MESA V – Sujeitos e Caminhos da Resistência em Meio à Crise do Capital
Ângela Mendes (Comitê Chico Mendes) ADUFPA; GTPCEGDS Nacional; GTPAUA Nacional, MAB, CPT, SDDH, MST, Indígenas, LGBTQIA +, Movimento Quilombola, Movimento de Mulheres, Pessoas com Deficiência.
12h às 14h – Intervalo para o Almoço
14h às 17h – Vivência Política e de Lazer no Assentamento agroecológico Mártires de Abril- MST
17h15 – Regresso para a UFPA
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