Após 17 anos desde a última vez que foi anfitriã do evento, a Universidade Federal do Pará (UFPA) será a sede da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em julho de 2024, no campus do Guamá. A escolha teve aprovação unânime dos membros da entidade. Em coletiva de imprensa realizada na instituição durante a manhã desta quarta-feira (5), o reitor Emmanuel Tourinho destacou a importância da realização do maior evento científico da América Latina na capital paraense, que deve receber um público estimado entre cinco mil e dez mil pessoas, justamente quando a cidade é candidata à sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em 2025 (COP 30).
“Especialmente importante quando somos candidatos a sediar a Conferência, outra oportunidade de organizarmos nosso discurso e produção para intervir como protagonistas nesse debate em 2025”, sugeriu. O gestor universitário destacou que os pesquisadores brasileiros são de altíssimo nível e reconhecidos por isso fora do país, mas pouco valorizados no próprio país.
“O Brasil conhece pouco a Amazônia, a realidade amazônica, sua diversidade étnico-racial, cultural, suas dinâmicas sociais e territoriais, e pouco conhece também sobre a ciência feita na Amazônia. Então esta será a oportunidade de darmos maior visibilidade à nossa capacidade de produção de conhecimento. Por isso é tão importante que a sociedade se mobilize para que seja uma reunião anual com o protagonismo de quem produz ciência aqui”, explicou Tourinho.
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O presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, gravou uma mensagem para a comunidade paraense confirmando a UFPA como sede do encontro. “Muito importante para nós essa realização em uma universidade que tem todo esse destaque, essa importância, que é decisiva para a Amazônia”, declarou.
Para o reitor, quem mais ganha com a realização da reunião em Belém é justamente a comunidade científica local pela oportunidade de diálogo e interlocução com importantes lideranças científicas do país, de todas as áreas, e também do exterior. “Para alunos que não têm a oportunidade de viajar para congressos isso é muito importante, conversar sobre pesquisas, estabelecer cooperações - muitas nascem nos congressos científicos”, justifica ele.
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