Com a finalidade de aperfeiçoar o ensino na rede municipal de educação de Belém e, ao mesmo tempo, dar oportunidade aos estudantes de terem experiência em provas de avaliação qualitativa, a Prefeitura de Belém, por meio, da Secretaria Municipal de Educação (Semec), aplicou a 1ª Avaliação Belém Alfabetizada e Leitora, até esta quinta-feira, 20, para alunos das turmas dos ciclos I, II e IV do ensino fundamental.
Além de atuar como preparatória para a Provinha Brasil, avaliação nacional que será realizada em outubro, a prova municipal também é um indicador diagnóstico, destinada aos alunos matriculados no segundo ano do ensino fundamental. O objetivo é oferecer aos professores e gestores escolares um instrumento que permita acompanhar, avaliar e melhorar a qualidade da alfabetização oferecida às crianças da rede municipal.
No Ciclo I, a avaliação foi aplicada em dois dias, já os ciclos II e IV a prova ocorreu em apenas um dia. As provas são de Língua Portuguesa e Matemática para o CI, CII e IV, aplicadas em 97 unidades educativas para 15.874 estudantes da rede municipal de ensino, dos quais 402 com algum tipo de deficiência.
Avaliação integrada
Diversos setores da Semec estão envolvidos nesta ação. A revisão, seleção e interpretação pedagógica ficou sob a responsabilidade do Centro de Formação de Educadores Paulo Freire. Já a diagramação, logística, leitura do cartão-resposta, análise dos itens e divulgação do resultado, sob a responsabilidade do Núcleo de Informática Educativa (Nied). As provas adaptadas aos estudantes com deficiência foram conduzidas pela equipe do Centro de Referência de Inclusão Educacional (Crie), e coube ao Núcleo Setorial de Planejamento (Nusp) a produção do relatório final.
"Os indicadores que surgirão da aplicação do teste servirão de parâmetro para as ações formativas e projetos para melhoria da aprendizagem”, explica o coordenador do Centro de Formação de Educadores, Walter Braga.
A aluna Aline Modesto Pedreira, 10 anos, faz o 5° ano na escola Walter Leite, bairro do Bengui e foi uma das primeiras a terminar a prova. Ela achou muito fácil porque as matérias que caíram na prova havia aprendido no ano anterior. "Foi fácil, eu aprendi tudo no terceiro e quarto ano. Na hora da prova eu lembrei de tudo e fiz", relatou com segurança e disse que fez uma excelente prova.
Inclusão e cidadania
Os estudantes com deficiência participam da prova com cadernos adaptados e em espaços viabilizados pela escola, dispondo de uma hora a mais para resolver as questões. Foram adaptadas provas para 270 estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), 04 com cegueira, 18 com baixa visão, 13 surdos, 02 surdo e cegos e 95 com deficiência intelectual, num total de 402 estudantes. Pela primeira vez, 54 profissionais do Crie e 114 professores das Salas de Recurso Multifuncional (SRM) estão nas escolas para auxiliar no processo de aplicação das provas.
Para a coordenadora do Crie, Tatiana Vasconcelos, "a participação dos estudantes com deficiência é fundamental para que eles tenham a oportunidade de se prepararem para chegar onde eles quiserem”, ressalta.
Ela também ressalta a “importância do conjunto da sociedade, educadores, pais, familiares e entidades que possam, cada vez mais, promover e ampliar a participação das pessoas com deficiência".
O resultado final da 1ª Avaliação Belém Alfabetizada e Leitora, está prevista para primeira quinzena de junho deste ano.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar