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Cientistas paraenses estudam os benefícios da andiroba 

Vantagens do vegetal estão em artigo científico com os resultados dos estudos no Laboratório de Óleos da Amazônia e no Centro da Biodiversidade

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Imagem ilustrativa da notícia Cientistas paraenses estudam os benefícios da andiroba  camera Fruto amazônico, a andiroba tem propriedade terapêutica: anti-inflamatório, cicatrizante, e, ainda, insetífuga | Foto: Alex Ribeiro / Ag. Pará

Na gigantesca biodiversidade da Amazônia, entre tantas plantas, a andiroba se destaca por sua versatilidade, valor econômico, ações terapêuticas, antioxidantes, inseticidas e repelentes, podendo ser utilizada na medicina, na agricultura e na indústria de cosméticos. A densidade, a viscosidade e o poder calorífico do óleo de andiroba também o tornaram uma alternativa para a produção de biodiesel.

Os benefícios sobre o vegetal foram destacados em um artigo científico escrito por pesquisadores do Laboratório de Óleos da Amazônia (LOA), e do Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade, (Ceabio), da Universidade Federal do Pará, ambos instalados no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá. O trabalho teve ainda a contribuição de pesquisadores do Museu Emílio Goeldi e de outras instituições nacionais e internacionais. O documento foi publicado este mês na revista Arabian Jounal of Chemistry.

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O objetivo do trabalho foi evidenciar as ações biológicas da espécie, através de uma revisão detalhada de 129 artigos sobre as potencialidades da andiroba, escritos entre os anos 1993 e 2022. Os estudos foram selecionados por títulos, resumos, palavras-chave, e passaram por outros critérios até serem analisados. A proposta do artigo foi relacionar estudos científicos, produzidos ao longo de quase trinta anos.

“Achamos importante fazer um levantamento do que foi estudado até hoje sobre a andiroba e quais suas aplicações biotecnológicas. Tivemos que seguir critérios rigorosos, usamos ferramentas específicas que fazem esse levantamento minucioso dos dados sobre o tema, para que pudéssemos divulgar resultados de revistas conceituadas com alta fidedignidade cientifica”, explica Renata Noronha, pesquisadora do Ceabio.

Ação analgésica, antibacteriana, anti-inflamatória e antialérgica- O levantamento enfatiza as contribuições da ciência na identificação de propriedades, de compostos bioativos, da atividade biológica da árvore, e ainda as descobertas até o momento sobre a ação analgésica, antibacteriana, antifúngica, antiparasitária, anti-inflamatória, antialérgica do óleo da flor e da semente de andiroba.

“As ações da andiroba já são conhecidas pelo conhecimento popular, todo mundo tem um parente, uma avó, mãe, tia, que conhece os efeitos terapêuticos da andiroba, e muitas vezes colocam aquele algodão com andiroba na garganta pra curar. Então isso já é um indício para o conhecimento científico avançar nos estudos, e como resultado desses estudos a gente tem a comprovação dessas ações”, detalha Luís Adriano Nascimento, vice-coordenador do LOA.

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O trabalho publicado destaca ainda os efeitos da andiroba contra a obesidade, no processo de cicatrização, e até contra o câncer. “As pesquisas são dinâmicas, todo dia você tem uma resposta e precisa de mais estudos, é um processo natural, surgem novas metodologias de análises, sofisticação dos equipamentos, e rapidez nos processamentos. O olhar para o futuro é constante, principalmente quando envolve um óleo que é anti-inflamatório, com potencial anticancerígeno, por exemplo. Então essas respostas científicas proporcionam avanços nos estudos, pensar no futuro e em desenvolver produtos promissores que possam salvar vidas ou até mesmo impedir que as pessoas adoeçam”, reforça Renata.

Muito do que se utiliza hoje do vegetal, é resultado ou tem influência das investigações realizadas até o momento, e que mostram possibilidades para aplicações farmacêuticas, medicinais e cosméticas dessa planta. Esses benefícios foram estudados a partir de testes em animais e células, e serviram como indicativos preliminares.

“Há estudos que pararam na primeira fase, mas outros apresentaram resultados promissores e com possibilidades de continuar, por isso é necessário realizar mais testes. Para o futuro a gente tem além da possibilidade de confirmar essas atividades biológicas, a perspectiva de utilizar a andiroba impregnada em biomateriais, utilizar a biotecnologia, por exemplo, para preparar curativos, emulsões, géis, e essa já é uma das atividades de pesquisa e inovação que nosso grupo vem fazendo”, acrescenta, Luís Adriano.

Potencial biotecnológico

Os experimentos despertam o interesse de pesquisadores em potencializar as riquezas da andiroba por meio da biotecnologia. Renata Noronha reforça que o levantamento feito deixa claro que a planta tem um potencial biotecnológico em várias áreas, podendo gerar produtos que movimentam bilhões no mundo inteiro.

Renata Noronha, pesquisadora do Ceabio
📷 Renata Noronha, pesquisadora do Ceabio |Foto: Alex Ribeiro / Ag. Pará

“Já temos uma diversidade de produtos no mercado devido aos relatos da população, e os estudos científicos já realizados asseguram e validam isso, temos cápsulas de medicamentos, repelentes, cosméticos etc. Então, cada pesquisa feita com a andiroba, seja na área química, biológica, física, trouxe respostas fundamentais para o desenvolvimento de produtos, e para a população ao longo desses anos”.

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