A Hydro está comprometida a impulsionar a sustentabilidade na indústria do alumínio e a busca por uma mineração sustentável é um elemento essencial para cumprir este objetivo. A companhia investiu cerca de R$ 30 milhões para colocar em operação a metodologia “Tailings Dry Backfill”, pioneira na indústria de mineração de bauxita no Brasil.
Por meio do Tailings Dry Backfill, os rejeitos inertes da mineração de bauxita em Paragominas são devolvidos às áreas já abertas e mineradas, ao invés de serem depositados em áreas separadas e permanentes de armazenamento. Após a secagem em depósito temporário por 60 dias, os rejeitos de bauxita são devolvidos às áreas mineradas, antes da área ser reabilitada e reflorestada.
O rejeito proveniente da mineração de bauxita é química e fisicamente similar ao que foi retirado durante o processo de lavra. Portanto, é devolvido para a natureza sem nenhum impacto ao meio ambiente. Assim, proporciona significativa redução da pegada ambiental da mineração de bauxita e mais segurança operacional.
A tecnologia é um avanço em termos de sustentabilidade na indústria que traz mais segurança operacional e benefícios econômicos, ao mesmo tempo em que responde ao desafio de reduzir sua pegada ambiental (veja mais no box).
Entrevista
Raphael Costa, diretor de Tecnologia de Bauxita & Alumina da Hydro detalha a seguir os processos desenvolvidos na área.
P - Quais principais projetos da Hydro que podem ser destacados como exemplos de soluções inovadoras em prol do meio ambiente e da sustentabilidade, além do Dry Backfill?
R - Dois excelentes exemplos de investimento em soluções inovadoras que trazem uma redução forte da pegada ambiental são: um, a descarbonização da Alunorte; e dois, o programa de P&D para a utilização do resíduo de bauxita. A descarbonização da Alunorte, que envolve a substituição do óleo combustível pelo gás natural em caldeiras e calcinadores e também a instalação de caldeiras elétricas, reduzirá drasticamente a emissão de gases de efeito estufa da Alunorte. Por sua vez, a utilização de resíduo de bauxita, que já está sendo testado em escala industrial como matéria-prima para a indústria de cimento, e com o comissionamento planejado para 2024 da primeira planta de extração de ferro metálico, irá eliminar a necessidade de estocagem permanente do resíduo de bauxita até 2050.
P - De que forma a Hydro se diferencia dos seus concorrentes no que se refere à tecnologia e sustentabilidade?
R - Criamos um ambiente de trabalho favorável à inovação tecnológica, que denominamos “ecossistema da inovação”, que cultiva a criatividade das pessoas. Os principais componentes do ecossistema da inovação incluem: a estabilização dos processos produtivos usando conceitos de lean manufacturing (manufatura enxuta); o estimulo, reconhecimento e premiações às equipes de projetos de melhorias na Hydro, que chamamos de Sistema Conecta; grupos dedicados para desenvolvimento de tecnologia e transformação digital; e parcerias de desenvolvimento tecnológico com universidades e entidades públicas e privadas. Finalmente, a seleção do portfólio de projetos de inovação tecnológica que tem como um dos critérios a priorização de redução de pegada ambiental.
P - É possível informar números e indicadores que comprovem como a tecnologia tem ajudado a tornar as operações da Hydro mais verdes?
R- Existem vários indicadores de uma operação mais verde: eliminação de estocagem permanente de rejeitos em Paragominas (implantado); redução do consumo de água do rio Parariquara em Paragominas (implantado); eliminação da estocagem permanente de resíduo de bauxita na Alunorte (antes de 2050); redução drástica da emissão de CO2 na Alunorte (antes de 2030).A Alunorte já é uma das refinarias mais eficientes do mundo em intensidade de consumo de energia bem abaixo do mercado.
Condutores reduzem a emissão de dióxido de carbono
Governos e iniciativa privada estão cada vez mais empenhados na redução de gases que provocam o aquecimento global, pela assinatura de compromissos internacionais ou por sentir a ameaça real das mudanças climáticas.
Acompanhando esta preocupação mundial a Alubar, maior fabricante de cabos elétricos de alumínio da América Latina e maior produtora de vergalhões de alumínio do continente americano, incluiu uma nova linha de produtos em seu portfólio: condutores elétricos Alubar AlGreen que reduzem a emissão de dióxido de carbono (CO2) e contribuem com a sustentabilidade ambiental em todas as etapas de fabricação.
Os cabos são para uso em linhas de distribuição de energia elétrica que ligam as subestações até as residências e empreendimentos diversos. A tecnologia Alubar AlGreen pode ser aplicada a cabos multiplexados ou unipolares de baixa tensão, de acordo com normas ABNT NBR 8182 e ABNT NBR 7287.
Os cabos são compostos por condutores de alumínio transformado a partir de energia renovável. Ao redor desse alumínio, é construída uma camada de isolamento com um polímero especial, feito de polietileno linear de baixa densidade (LLDPE). Diferentemente do polietileno convencional, que é feito a partir de matérias-primas fósseis, o LLDPE é obtido a partir da cana-de-açúcar e, por isso, não emite gases poluentes que potencializam o aquecimento global.
“Se você trocar uma tonelada de polietileno fóssil por uma tonelada de polietileno de fonte renovável, significa deixar de emitir 1,7 tonelada e passar a absorver 3,09 toneladas de CO2. Uma redução de quase 5 toneladas de CO2 por tonelada de polietileno”, explica o gerente geral de Engenharia de Processos, Qualidade e Meio Ambiente da Alubar, Giovane Veloso.
Em todos os testes de qualidade, os condutores Alubar AlGreen obtiveram o mesmo desempenho dos cabos de alumínio cobertos com polímero de origem fóssil. “O Grupo Alubar tem constante preocupação com a preservação do meio ambiente e a garantia da sustentabilidade do planeta. Por esta razão, buscamos sempre a redução do consumo de recursos naturais não renováveis.
O AlGreen contribui de maneira efetiva para isso, utilizando o alumínio verde (proveniente de fonte de energia renovável), polímero a base de cana-de-açúcar e carreteis ecologicamente corretos. Como empresa signatária do Pacto Global das Nações Unidas, esta também é uma forma de contribuir para o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 7, sobre o acesso universal à energia, confiável, sustentável e renovável”, afirma Veloso.
A Alubar é a primeira fabricante de cabos elétricos a ofertar no mercado brasileiro um produto com polímeros feitos a partir de fontes renováveis que reduzem a emissão de CO2.
O Grupo Alubar está há 25 anos no mercado e surgiu em Barcarena com um polo industrial que sedia a maior planta produtiva da companhia. Atualmente, o Grupo Alubar também possui unidades em São Paulo e no Rio Grande do Sul, além de fábricas e escritórios comerciais nos Estados Unidos e Canadá.
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