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VIDA NA CADEIA

Saiba como é a rotina da paraense presa na Indonésia

Manuela Vitória de Araújo Farias foi condenada na semana passada à pena de 11 anos de prisão

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Imagem ilustrativa da notícia Saiba como é a rotina da paraense presa na Indonésia camera Manuela está detida na prisão de Kerobokan, na Indonésia | Divulgação/Arquivo de Relações Públicas da Polícia de Bali

Após escapar da pena de morte por tráfico de drogas e ser condenada a 11 anos de prisão e o pagamento de multa equivalente a R$ 300 mil, a paraense Manuela Vitória de Araújo Farias viverá, ao menos pelos próximos sete anos, em regime fechado na prisão feminina de Kerobokan, na Indonésia.

A rotina da jovem no presídio é dividida entre banhos de sol, aulas de línguas estrangeiras e ligações semanais com a família. Na mesma cela em que ela está detida também cumprem pena outras mulheres cujos crimes não foram divulgados.

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Segundo informações do advogado da família de Manuela, Davi Lira da Silva, a jovem fala com os parentes brasileiros todas as terças e quintas. Eles, inclusive, não possuem planos a curto prazo para viajarem ao país do Sudeste Asiático e visitarem a jovem na cadeia. O motivo é a necessidade de juntar a quantia estipulada pela Justiça para o pagamento da multa.

Nas aulas de línguas estrangeiras, a paraense tem estudado inglês e bahasa, o idioma oficial da Indonésia. Os familiares acreditam que é possível que Manuela cumpra os próximos sete anos no regime fechado e, em seguida, seja liberada ao regime aberto para trabalhar e estudar no país.

O CASO

A jovem viajou de Florianópolis, em Santa Catarina, rumo à Indonésia em dezembro do ano passado. No entanto, quando chegou à Ilha de Bali, foi capturada com 3 kg de cocaína em uma das malas. Indiciada por tráfico de drogas, ela foi julgada a partir de abril e a decisão foi de manter a prisão até completar 11 anos de detenção.

Existia um grande risco de que ela fosse sentenciada à prisão perpétua ou à pena de morte, punições previstas no código penal do país. A defesa de Manuela alega que a jovem foi usada como "mula" por uma organização criminosa em SC, que prometeu férias pagas e aulas de surfe, desde que ela levasse uma mala suspeita até a Indonésia.

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