Na tarde da última quinta-feira (6), uma mãe utilizou as redes sociais para fazer um relato incomum: o filho foi mordido por um morcego dentro do apartamento onde moram, no bairro da Batista Campos, em Belém.
A "saga", como a própria mãe, Desiree Giusti, define, começou com a procura da vacina e soro antirrábico que o menino precisava receber após o ataque sofrido pelo animal.
"Foi dentro de casa, ele estava dormindo e não sentiu nada, só um leve incômodo no local da mordida ao acordar", contou.
Segundo ela, ao procurar atendimento, foram alvos de informações divergentes sobre o assunto. "Começamos a buscar atendimento na UBS do Jurunas na quarta pela manhã e só conseguimos finalizar o tratamento adequado na quinta por volta de 16h, que foi quando ele recebeu o soro no PSM. Toda mordedura de morcego precisa ser tratada com urgência pela gravidade da situação e pela quantidade de doença que o animal transmite. Porém, após a primeira dose da antirrábica, o paciente tem até 7 dias pra fazer o soro, acho que o mais preocupante nesse caso não foram as horas de espera, foi a informação incorreta, eu poderia ter ido embora pra casa somente com a vacina antitetânica e meu filho poderia estar correndo risco de vida", afirmou Desiree.
Ela ainda explica, cronologicamente, como tudo aconteceu e o porquê das informações incorretas terem sido perigosas: "Fomos na UBS do Jurunas, o médico passou vacina antirrábica e antitetânica. A enfermeira só deu a antitetânica. Por volta de 20h levei ele novamente na UBS do Jurunas, pois já havia me informado com um infectologista que precisava da vacina antirrábica, então a enfermeira que estava lá pela noite me deu a orientação correta, solicitou a antirrábica e me encaminhou para o PSM. (Lá) o médico não queria solicitar o soro, eu insisti e ele passou, isso já era 22h. Precisava tomar (o medicamento) Dexametasona antes, mas não tinha no PSM. Fomos no outro dia em um hospital particular para ele fazer a medicação e voltamos ao PSM por volta de 15h/16h e foi quando ele recebeu o soro".
No relato feito nas redes sociais, ela afirma que achou alguns sites do governo no Google, explicando que precisava ser feito a vacina antitetânica, antirrábica e o soro imediatamente.
"Acredito que esse tipo de informação precisa ser amplamente divulgada e de fácil acesso por um canal confiável para que os profissionais possam consultar quando tiverem dúvidas", relatou a mãe do paciente, que disse ter ficado "apavorada de faltar alguma coisa no processo todo do tratamento".
Após o susto e o tratamento adequado, o menino encontra-se bem, "fazendo as doses da vacina antirrábica e sem sintomas ou efeitos colaterais", garantiu Desiree.
A reportagem solicitou informações para a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) sobre esse tipo de atendimento. A matéria será atualizado, caso o órgão se pronuncie acerca do caso.
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