Por ser uma cidade cercada de rios, Belém recebe navios com frequência nos portos. Mas quem atraca pela primeira vez na capital paraense é o navio-aeródromo ou simplesmente navio porta aviões "Atlântico", o maior de guerra da América Latina.
Ele chega à capital paraense no próximo sábado (5) para reforçar a segurança de autoridades que participarão da Cúpula da Amazônia, evento que ocorre nos dias 8 e 9 de agosto. O “Atlântico” é o maior navio da Marinha a atracar no porto da capital paraense em toda a história, com 208 metros de comprimento e 31,7 metros de boca (largura). A tripulação do navio-aeródromo é composta por 1.100 militares.
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Ao final da Cúpula da Amazônia, o Navio-Aeródromo “Atlântico” segue para a região da foz do rio Amazonas, onde realizará operações e ações de guerra naval, visando ao controle de área marítima na região Amazônica.
HISTÓRIA DO NAVIO
O "Atlântico" foi adquirido pela Marinha do Brasil em 2018, junto à Marinha Real Britânica. Foi construído em meados dos anos 90 pelas companhias Kvaerner Govan e VSEL, na cidade portuária de Barrow-in-Furness, Inglaterra. Seu nome remete às grandes navegações portuguesas e atesta a relevância do Oceano na conformação da nação brasileira.
É projetado para as tarefas de controle de áreas marítimas e projeção de poder sobre terra, pelo mar e pelo ar. É apropriado para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação de pessoal e operações de paz.
No histórico de serviço do navio, constam operações navais em apoio a ações humanitárias no Kosovo e na América Central. No ano 2000, participou da Operação Palliser, em Serra Leoa, na África Ocidental. Logo em seguida, operou no Oriente Médio, na Guerra do Iraque. Em 2009, foi deslocado para a Ásia, novamente em operações navais em apoio a ações humanitárias.
Em 2011, participou da Operação Unified Protector, na Líbia. No ano seguinte, retornou à Inglaterra para reformas e, posteriormente, participou de operações no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Em 2017, participou da operação Ruman, em apoio a ações humanitárias nas ilhas do Caribe afetadas pelo furacão Irma.
Em fevereiro de 2023, o Navio foi enviado para o litoral norte de São Paulo, em missão de apoio às ações da defesa civil no socorro às vítimas das fortes chuvas que assolaram a região.
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