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Silvio Almeida: "não se fala de Amazônia sem ouvir seu povo"

Durante sua participação nos Diálogos Amazônicos, o ministro falou sobre projetos para o Pará e o fortalecimento da pasta para atuar na Amazônia

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Imagem ilustrativa da notícia Silvio Almeida: "não se fala de Amazônia sem ouvir seu povo" camera O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. | Divulgação/Presidência

"Eu sou de um país que se chama Pará". A frase soa tão cotidiana para quem mora no Estado que muitas vezes não nos tocamos do significado dela. A região amazônica é uma realidade a parte do resto do Brasil, seja no âmbito cultural, econômico, logístico ou ambiental. Entender e respeitar as particularidades da Amazônia é essencial para a discussão das problemáticas que cercam a população, e é impossível entender essas particularidades sem ouvir o amazônida.

Esse foi o ponto levantado por Silvio Almeida, ministro da Cidadania e Direitos Humanos, durante os Diálogos Amazônicos, evento iniciado em Belém nesta sexta-feira (4) e que antecede a Cúpula da Amazônia. Durante participação no evento, o ministro comentou sobre os planos voltados para a região, em especial ao Marajó.

"Queremos ser radicalmente diferentes daqueles que tentaram destruir o Brasil, então a primeira coisa que fizemos foi constituir o Fórum Marajoara, que foi instalado hoje, justamente para ouvir e escutar as comunidades. Nada será feito sem ouvir as comunidades locais", afirmou Silvio Almeida. "É um fórum permanente, um lugar de contato do povo marajoara, das instituições civis organizadas, para que possam interferir no desenho das políticas públicas que serão implementadas".

Indo além do discurso sobre a preservação da Amazônia ligada apenas a questão da floresta, o ministro ressaltou a importância da população local e de como é impossível separar a Amazônia de seu povo.

"Nossa intenção fundamental na condição dos direito humanos é dar continuidade a tudo de bom que foi feito, mas também olhar para o futuro. Não é dada a possibilidade de pensar direitos humanos sem uma ligação profunda com a economia. Sem pensar a relação de direitos humanos e desenvolvimento. Temos que entrar em uma discussão que os países mais ricos muitas vezes não querem que façamos, mas precisamos fazer, que é a ligação de direitos humanos e o direito ao desenvolvimento", continuou.

O ministro ainda aproveitou o evento para discutir novos passos que serão dados pela pasta para o desenvolvimento da Amazônia, incluindo o fortalecimento da equipe através da realização de um concurso público.

"Precisamos discutir direitos humanos com a necessidade de baixar e anular a violência. Temos que acabar com esse assassinato da população negra, do povo indígena. É uma missão muito importante. Para isso, o Ministério dos Direitos Humanos tem que se fortalecer, precisando estar em todos os lugares do país, com uma estrutura forte. Pela primeira vez o ministério dos Direitos Humanos vai ter concurso público para quem quer trabalhar especificamente com direitos humanos. Não existe possibilidade de haver direitos humanos sem haver cidadania, e não há cidadania onde o povo brasileiro não participe efetivamente e ativamente das políticas públicas", concluiu.

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