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CÚPULA JUDICIAL AMBIENTAL

Joenia Wapichana trata questões dos povos originários 

Ex-deputada federal e presidente da Funai discutiu temas como desafios na luta dos povos indígenas e a expectativa para o futuro

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Imagem ilustrativa da notícia Joenia Wapichana trata questões dos povos originários  camera Evento teve início nesta sexta-feira (4), no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), em Belém | Ascom/ Funai

Dia após dia a preocupação em torno da preservação da Amazônia se intensifica mundo afora. Nesta sexta-feira (4), Belém sediou uma série de eventos que antecedem a Cúpula da Amazônia, prevista para ocorrer nos dias 8 e 9 de agosto.

Um deles foi a 1° Cúpula Judicial Ambiental da Amazônia - Juízes e Floresta, que começou nesta sexta-feira (4) e vai até sábado (5), organizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o Supremo Tribunal Federal (STF) e com o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).

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Ao vivo: Cúpula Judicial Ambiental é realizada em Belém

Um dos diversos pontos abordados no evento foi o envolvimento dos povos originários no tema.

Joenia Wapichana, ex-deputada federal e presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), foi uma das lideranças indígenas e ambientais presentes no local, além de representantes de organizações, e autoridades do poder judiciário brasileiro e internacional, que fazem parte da Pan-Amazônia.

Em seu discurso, a ativista falou sobre a necessidade de incluir os povos tradicionais nas discussões ambientais, já que, há anos, os indígenas apontam a importância de temas como “mudanças climáticas”.

“Nosso maior desafio é fazer com que os planos, que já vêm sendo discutidos há muito tempo, sejam concretizados. Nós temos a legislação, que protege o meio ambiente, nós estamos discutindo há muito tempo a questão da justiça climática e os efeitos que está causando, não só para a economia, mas para a saúde, meio ambiente, educação, sobrevivência dos povos amazônidas. Agora é fazer com que isso tudo se torne uma responsabilidade compartilhada entre as autoridades, o governo, o executivo, o legislativo e o judiciário (...) com medidas concretas, com um orçamento condizente à essas obrigações. (...) É um conjunto de reflexões que precisam sair do papel”, afirmou Joenia.

Acerca das frequentes discussões acerca dos povos originários, a presidente reforça a esperança futura em torno do tema: “Os indígenas já vêm fazendo esse alerta há muitos anos, há muito tempo atrás ninguém deu atenção, mas agora, com o planeta que está cada vez mais quente, eu acredito que sim, nós vamos ter essa mudança, principalmente com o governo Lula, que vem dando prioridade, vem se comprometendo publicamente, internacionalmente, e o Brasil tem um peso muito grande, porque 59% da floresta amazônica está aqui. Então, nós temos tudo para que dê certo, com ações concretas no final de todos os diálogos que estão havendo”.

A Cúpula Judicial da Amazônia segue no sábado (5), com painéis de discussões e proposições de ações, e o encerramento, que será feito pela ministra presidente do STF, Rosa Weber.

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