Durante o primeiro dia de programação da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA), chefes de Estado que integram os países amazônicos tiveram a oportunidade de ouvir movimentos sociais e lideranças em uma breve discussão sobre os anseios e preocupações que giram em torno das questões climáticas.
Essa discussão foi realizada por meio de intervenções. Ao todo, seis convidados trouxeram aos líderes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) os resultados das plenárias realizadas entre os dias 4 e 6 em Belém, durante os Diálogos Amazônicos, com temas como Amazônia e tecnologia, segurança alimentar, proteção dos territórios, sociobioeconomias e povos originários.
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Críticas
Entre os convidados que contribuíram para o dia de hoje, esteve presente a diretora da Fundação Caminhos da Identidade (Fucai), e que hoje esteve como porta-voz dos Diálogos Amazônicos, Ruth Consuelo Chaparro. Durante o seu discurso relacionado aos novos modelos de produção para o desenvolvimento regional, ela enfatizou a urgência de governos colocarem em prática ações que possam minimizar as mudanças climáticas.
“A natureza já declarou a emergência climática. Ela nos convida a repensar o rumo, a forma de habitar e a nossa forma de governar esses territórios. Nós estamos esperando que os governos declarem a emergência climática”, enfatizou Ruth.
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A diretora da Fucai, durante apresentação de sua plenária na Cúpula da Amazônia, criticou também a inércia dos países que estão comprometidos em combater as mudanças climáticas e revelou preocupação para o futuro.
Falas como “nossos territórios foram desmatados por falta de governos visionários” e “não pode haver tantas reuniões sem resultados reais” foram alguns dos destaques durante o seu discurso.
“A partir das vozes dos Diálogos Amazônicos, estamos entregando um documento para que [os chefes de Estado] possam ler e colher informações. O nosso medo é que a OTCA fique outra vez com o documento em mãos e que seja preciso esperar outros 14 anos para que possamos nos reunir novamente”, salientou. “Acredito que é possível fazer a mudança, mas essa mudança deverá ser feita conjuntamente com os governos e seus povos que vivem na Amazônia”.
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