Os espaços turísticos da capital paraense costumam atrair um público cativo, sobretudo aos finais de semana, períodos de férias e feriados. Além de propiciar momentos de lazer para pessoas de todas as idades, a existência desses locais dentro da cidade é de grande importância para trabalhadores autônomos, que garantem o sustento de suas famílias a partir da comercialização de variados tipos de produtos e serviços. Existe um leque de opções para quem busca produzir renda com o empreendedorismo nessas áreas.
Situado no bairro do Jurunas, o Portal da Amazônia é um dos locais mais procurados pelos visitantes. Além de contemplar uma bela e extensa janela para o Rio Guamá, a orla oportuniza a geração de renda para mais de 120 trabalhadores autônomos permissionários que atualmente desenvolvem atividades ali.
O autônomo Antônio Fernandes, 42, trabalha no Portal desde a inauguração, que ocorreu no ano de 2012. Esta é a única fonte de renda dele, que atua com o aluguel de bicicletas família, quadriciclos e triciclos. Ele conta que há alguns anos os trabalhadores da área se reuniram e formaram uma associação. Com isso, conseguiram formalizar o cadastro como permissionários.
Com a atividade, o autônomo conseguiu renovar os equipamentos e garante o sustento da casa. “Vem muita gente para cá. Não só do Brasil como do mundo inteiro. Comecei o negócio na Praça Batista Campos. Inaugurou o Portal e me transferi para cá. No início foi muito difícil porque não éramos permissionários. A gente insistiu nessa ideia até que deu certo, graças a Deus. Fui pioneiro nessa atividade e agora temos vários. Dá para todo mundo (trabalhar). Aqui é uma cadeia de atividades: tem o vendedor de água, de comida, de pipoca. Quem andou de bicicleta vai comprar água, então é tudo automático”, pontua ele, que é casado e pai de dois filhos.
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Já o autônomo Ivan Santos, 54, atua com a venda de pipocas doces e salgadas. O morador do Jurunas conta que aproveita os finais de semana para faturar, uma vez que o movimento melhora. “Final de semana dá muita gente, graças a Deus. Quando chega o inverno é meio cruel, porque não tem onde se esconder. Então, tem que aproveitar o verão. Vem gente de fora passear para cá, porque é um ponto turístico. O Portal andou meio abandonado. Está melhorando agora”, disse.
Batista campos
Outro ponto da cidade que conta com a presença desses trabalhadores é a Praça Batista Campos. Uma das principais atividades econômicas do espaço é a comercialização de água de coco, que, inclusive, registra um aumento nas vendas no verão.
Permissionária de uma das barracas, Cristiane Freire, 43, atua com o negócio há 13 anos. “Um primo que trabalhava doou para mim (o ponto) e estou aqui desde então. É um espaço muito importante, porque a gente precisa do público para poder vender. Sem o público não tem venda. Como está muito quente, a demanda é maior. Vendo cerca de 100 cocos por dia. Daqui comprei minha casa, ajudei e continuo ajudando os meus filhos”, pontua.
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