Em julho deste ano, uma nota técnica emitida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou que diversas regiões do país estão sob a influência do fenômeno El Niño, cuja principal característica é o aquecimento anormal e persistente da temperatura da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador. Na capital, o belenense está literalmente sentindo na pele as consequências das altas temperaturas.
Não é para menos: os termômetros marcam temperaturas acima dos 30°C ainda pela manhã. O calor é intenso e requer cuidados, sobretudo, no sentido de manter o organismo hidratado. Por um lado, a temperatura desagrada boa parte das pessoas. Mas para quem busca faturar uma renda extra com a venda de água mineral, coco e outras bebidas, este é o momento ideal para ter lucro.
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Dentre os autônomos que estão satisfeitos com as vendas está Jaqueline Fonseca, 22, que comercializa o suco de laranja feito na hora, gelado ou natural, conforme o gosto do cliente. Com o aumento da sensação térmica, as vendas também tiveram um bom acréscimo, segundo informou a universitária. “Estamos vendendo super bem, principalmente no horário de almoço, a partir de 12h. Com uma saca de laranja a gente faz até R$ 180,00 e estão saindo duas sacas todos os dias. E a laranja é vitamina C contra a gripe. Faço na hora e o cliente escolhe se quer com ou sem gelo. Tem copo de R$ 5 e R$ 6”, explica.
Outra bebida que tem agradado os clientes neste momento são os chás comercializados pelo autônomo Alex Silva, 19. O cliente pode optar entre os de mastruz com folhas de algodão; beterraba com laranja e cenoura; o chá detox de couve, pepino, limão com gengibre e hortelã, além da mistura de limão com gengibre e açafrão, entre outros.
“As pessoas quando veem perguntam e acham diferente. Temos clientes certos e está saindo bastante. Vendendo doze garrafas por dia, de terça a sábado. O negócio é do meu tio e trabalho para ele. Dá para faturar uma renda extra sim”, afirma.
Já a autônoma Gardenha Favacho, 38, trabalha com a venda de água mineral, coco e refrigerantes em uma barraca ao lado de um ponto de ônibus na avenida Portugal, no bairro da Campina. Apesar da variedade, ela conta que as vendas não aumentaram neste período.
“Sai mais água, só que com esse calor a gente esperava uma venda boa. Mas infelizmente temos que gritar para vender. Não aumentou a venda, mas aumentou o preço da água para a gente. Antigamente a gente nem gritava. As pessoas estão querendo economizar. Só que água é saúde. Tem que gastar com água”, assinala a trabalhadora, que comercializa água mineral a partir de R$ 1, além de água de coco e refrigerantes a partir de R$ 5.
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