No segundo dia após o início da paralisação de médicos das Unidades de Pronto Atendimento dos bairros da Marambaia e do Jurunas, os profissionais de saúde da UPA da Terra Firme também aderiram ao movimento e cruzaram os braços em reivindicação ao pagamento de salários atrasados.

A mobilização iniciou na última segunda-feira (11) e provocou transtornos a quem procurou as unidades hospitalares com problemas de saúde. Apenas casos considerados mais graves eram recebidos, com cerca de 30% da demanda normal sendo atendida.

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Segundo os profissionais que atuam nas UPAs, os salários estariam atrasados desde junho. De acordo com eles, o pagamento de maio só foi depositado em agosto, por exemplo.

Após a paralisação afetar os moradores da capital paraense, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, anunciou nas redes sociais que o pagamento das Organizações Sociais (OS) que fazem a gestão das três UPAs será feito ainda nesta terça-feira (12).

"Reforço a divulgação do repasse financeiro junto à equipe de profissionais que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento, no sentido de solucionar a paralisação dos serviços municipais de saúde e, assim, retornar à rotina de atendimento para a população", escreveu o perfil do prefeito.

PARALISAÇÕES RECORRENTES

De 2022 até este mês de setembro de 2023 houve diversas paralisações de profissionais de saúde pública em Belém. A mais recente ocorreu em dezembro de 2022 e só teve solução em janeiro deste ano. No ano passado, os médicos pararam as atividades em abril e novembro.

Os profissionais do setor de saúde de Belém também vivem a expectativa pelo pagamento do piso salarial da Enfermagem, cujo valor foi repassado ao município no último dia 21 de agosto e, por lei, tem que ser pago até o dia 21 de setembro.

Unidade de Pronto Atendimento da Terra Firme teve o atendimento médico suspenso na manhã desta terça-feira (12) Foto: Tássia Barros/Comus-Arquivo

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