Quem depende da gasolina para se deslocar tem encontrado razões para lamentar na hora de abastecer o veículo, uma vez que, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), no mês passado, houve um aumento de 16,3% para a comercialização do litro do combustível, afetando diretamente os rendimentos de boa parte da população em Belém.
Na tarde de ontem (13), a equipe de reportagem do DIÁRIO avaliou os preços da gasolina oferecida nos principais postos da capital paraense. O preço mais baixo encontrado foi de R$ 5,61 e o valor máximo foi de R$ 5,89, representando uma diferença de 4,99% entre estabelecimentos.
Para Wendel Santos, 31, o que tem aliviado mais o orçamento é o fato de sua moto, que utiliza para trabalhar com aplicativo, ser econômica. “Como utilizo um veículo de baixa cilindrada, às vezes, quando abasteço o tanque, consigo rodar tranquilamente por cerca de três dias. Além da economia, o tanque da minha moto é pequeno, o que me permite economizar dinheiro”, afirmou.
“Infelizmente, trabalhar com aplicativos requer encontrar alternativas para ganhar uma renda interessante no final do mês, pois a gasolina está realmente cara, e sustentar esse custo é pesado quando se possui, por exemplo, um veículo com alto consumo. O que desejamos é que os preços diminuam, mas a tendência é apenas aumentar”, completou o trabalhador autônomo.
JOGO DE CINTURA
No transporte de passageiros, o mototaxista Luiz Fernando, 41, abastece sua motocicleta diariamente com pelo menos R$ 30. Apesar dos preços elevados, o autônomo relatou que prefere abastecer em postos mais caros e confiáveis, pois, segundo ele, já teve problemas com estabelecimentos que ofereciam preços mais baixos. “No final das contas, o barato sai caro”, lamentou.
Para Luiz, a qualidade é mais importante nessas situações. “Antes, quando eu priorizava o preço e escolhia postos que pareciam mais econômicos, acabei tendo problemas devido à qualidade inferior da gasolina. Isso causou diversos danos ao meu veículo. Portanto, hoje em dia, não dou tanta importância ao preço, mas sim à qualidade do produto na hora de abastecer”, destacou.
Diferentemente do mototaxista, o motorista Wagner Azevedo, 50, opta por realizar a tradicional pesquisa antes de abastecer seu veículo. Outra estratégia que ele adotou é abastecer em postos mais distantes do centro de Belém, pois alega que o preço é mais acessível. “Como costumo rodar bastante, percebo que em bairros da Avenida Augusto Montenegro o preço apresenta uma leve redução”, afirmou.
PESQUISA
Alguns postos de gasolina passaram a facilitar o pagamento com cartão de crédito. Antes, essa opção permitia apenas o pagamento à vista, mas agora o cliente pode abastecer e parcelar da forma que preferir, de acordo com as políticas de cada estabelecimento. No entanto, é importante observar que, nessa modalidade, alguns locais acrescentam uma taxa adicional que pode chegar a 15% sobre o preço.
Para abastecer o veículo, o consumidor tem ainda outras três opções de pagamento: em dinheiro ou débito, sem acréscimo de taxa no valor final do produto. Por fim, existe a alternativa do PIX, mas é importante ressaltar que apenas alguns postos aceitam esse método de pagamento.
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