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ELEIÇÕES DO SINJOR

Jornalista denuncia irregularidades da Comissão Eleitoral

Evandro Corrêa, candidato da chapa Renova Sinjor, aponta diversas irregularidades na chapa da situação

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Imagem ilustrativa da notícia Jornalista denuncia irregularidades da Comissão Eleitoral camera Evandro Corrêa (à esq.) faz as denúncias contra a atual administração, comandada por Vito Gemaque (à dir.) | Reprodução

O jornalista Evandro Corrêa, que encabeça a Renova Sinjor, umas das duas chapas concorrentes na eleição para escolha da nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Pará, pleito marcado para o dia 20 de novembro, formalizou nesta terça-feira, 03, denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho, apontando violações da liberdade e democracia sindical no curso das eleições do SINJOR do Pará.

Na denúncia, Evandro afirma que estão ocorrendo diversas irregularidades no processo eleitoral, dentre elas a parcialidade da Comissão Eleitoral, que vem criando dificuldades para a chapa de oposição, Renova Sinjor, e agindo de forma benevolente com a chapa da situação, intitulada “Sempre na Luta”.

ACESSO À INFORMAÇÃO

“A Diretoria do Sindicato vem cometendo atos no intuito de obstruir o livre exercício da democracia sindical, cerceando o amplo acesso à documentos e informações ao peticionante, com clara intensão de lhe prejudicar no curso do processo eleitoral”, diz Evandro.

Na denúncia, o jornalista solicita a atuação do MP para impedir condutas que vão de encontro ao princípio da paridade de armas, desequilibrando a democracia e a livre escolha dos melhores representantes para a próxima gestão do Sinjor Pará.

No relato ao MPT, Evandro Corrêa afirma que já acionou a Justiça do Trabalho, através de seus advogados, pedindo o afastamento da presidente da comissão, a jornalista Enize Vidigal, por atos unilaterais que comprometem a lisura do pleito, dentre eles a proibição da jornalista Shirley Castilho de participar das reuniões sobre o pleito. Castilho foi eleita em Assembleia Geral como uma das suplentes da Comissão Eleitoral e tem sido sistematicamente hostilizada pela presidente e demais membros da Comissão.

INDEFERIMENTO

O representante da chapa Renova Sinjor denuncia também que a Comissão Eleitoral, com a chancela de Enize Vidigal, indeferiu sumariamente, os nomes de 10 jornalistas inscritos em conjunto com a Renova, para concorrer a cargos na Comissão de Ética e Conselho Fiscal do Sinjor. No entanto, sem questionamentos, a Comissão deferiu, de forma célere, os nomes de outros 10 jornalistas para concorrer aos mesmos cargos, que se inscreveram conjuntamente com a chapa da situação “Sempre na Luta”.

“Não é razoável e crível que 10 nomes oposicionistas foram rejeitados e 10 nomes da situação acatados. Fica claro que a balança está pendendo para um lado”, diz Evandro afirmando que a Renova Sinjor já pediu reconsideração à Comissão, em nome de se prestigiar, em primeiro lugar, a participação de todos no processo eleitoral.

“Na verdade nós já sabemos a resposta que vem de lá. Estamos apenas nos calçando para melhor embasar um pedido liminar na justiça, que certamente vai corrigir este ato ditatorial da comissão”.

CARGO DE CHEFIA BURLA O ESTATUTO

  • Consta também na denúncia uma manobra, através de Decreto assinado pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, para salvar a candidatura à reeleição do atual presidente, Vito Gemaque. Vale ressaltar que Gemaque, Edmilson Rodrigues e a presidente da comissão eleitoral, Enize Vidigal, são todos filiados ao Psol, sendo que Enize e Gemaque estão lotados na PMB, a primeira no gabinete do prefeito da capital paraense (com salário de R$ 5.046,97) e o segundo na Sejel (com salário de R$ 6.255,40).
  • De acordo com a denúncia apresentada no MPT, Vitor Gemaque foi nomeado, em 19 de junho deste ano, como chefe de divisão na prefeitura de Belém. Para assumir tal cargo, o atual presidente do Sinjor deveria ter se afastado Do cargo de chefia, uma vez que o estatuto do sindicato veda a posse de membros da diretoria em cargos de chefia em órgãos públicos ou privados. Ignorando as regras do jogo, Vito Gemaque não só não se afastou da presidência como registrou, em 9 de setembro, sua candidatura para reeleição, ferindo novamente o estatuto do Sinjor.
  • No entanto, no dia 26 de setembro, três dias após a chapa Renova Sinjor impugnar o nome de Vitor Gemaque junto à comissão eleitoral, o Diário de Oficial de Belém publicou um providencial decreto, assinado por Edmilson Rodrigues em 25 de setembro, retificando o ato que nomeou Gemaque Chefe de Divisão de Serviços Gerais da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer, para Assessor Superior.

AFASTAMENTO

Para Evandro Corrêa, o atual presidente do Sinjor, com a ajuda do prefeito de Belém, tenta, de forma afrontosa, burlar o estatuto da entidade para viabilizar uma candidatura.

“No ato da inscrição ele estava no cargo. E não é só isso. Durante 3 meses ele recebeu salário como chefe de divisão, o que por si só comprova que o mesmo burlou o estatuto, permanecendo no cargo mesmo sabendo do impedimento”.

Ressalta Evandro na denúncia, adiantando que está ingressando com uma Ação Judicial pedindo o imediato afastamento de Vito Gemaque da presidência do Sinjor, por grave e insanável violação ao estatuto sindical.

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