A 3ª edição do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), que ocorre no Hangar Centro de Convenções, em Belém, contou ontem (9) com a visita dos ministros da Cultura do Brasil e da Argentina, Margareth Menezes e Tristán Bauer, respectivamente.
O evento cultural, que ocorre até o próximo dia 12, é realizado pela primeira vez na Amazônia. Além de promover a cultura brasileira nacional e internacionalmente, por meio do apoio dos setores criativos, assim como consolidar empreendimentos e profissionalizar empreendedores culturais, o evento também abrange atividades de negócios, formação e cultura, e oferece oportunidades de negociação e apresentações artísticas.
Nesta edição, a Argentina é o país convidado. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou que o convite para a Argentina é uma retribuição à participação brasileira no Mercado das Indústrias Criativas da Argentina (MICA), em junho deste ano, na cidade de Buenos Aires.
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Junto ao ministro Tristán Bauer, a ministra brasileira visitou os estandes dos expositores, contemplou o showcase de moda (desfile), e comentou sobre a importância de realizar a maior feira de economia criativa da América Latina em Belém.
“É a terceira vez que se realiza aqui no Brasil e nós trouxemos para cá, primeiro pela descentralização mesmo, né? No sentido de fomentar a política da economia criativa em todo o país. Outra, se dá pelo fato também de que o presidente Lula tem congregado a todos para vir conhecer a Amazônia e Belém está nesse momento. Então, a maneira da gente unir útil ao agradável foi promover esse encontro de compradores e vendedores por assim dizer. Esse encontro das economias criativas da cultura da Amazônia”.
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De acordo com o governo federal, das 260 vagas, 99 foram preenchidas por participantes do interior dos estados, dos quais 78 são vendedores e 21 compradores, com 24 das 27 unidades federativas sendo contempladas.
Artesanato
Dentre os participantes, o artesão abaetetubense Marcelo Vaz, de 39 anos, expunha suas peças em miriti, que iam desde luminárias à fruteiras com formas geométricas e movimentos que faziam alusão às encantarias amazônicas, como a Boiúna, a mítica cobra-grande que vive no fundo dos lagos e rios da Amazônia.
Segundo ele, participar do MICBR 2023 é uma oportunidade única para fazer contatos e divulgar ainda mais o seu trabalho.
“Sou de uma família de origem ribeirinha e, desde a infância, o miriti está ali presente no cotidiano, no artesanato, como prática de sobrevivência também. Então, participar aqui como expositor, contribui muito porque vai além de comercializar, mas de vivenciar boas oportunidades e fazer contatos. Já até recebi convites aqui para expor tudo neste mês e, mesmo que não ocorra porque é tudo muito para ontem, os contatos já estão feitos. Então, está sendo uma boa oportunidade!”, ressaltou.
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