Pesquisa recente do Dieese/PA mostra que no ano passado (janeiro-dezembro/2023), entre os 12 itens que compõem a cesta básica de alimentos dos paraenses, a carne bovina foi o terceiro produto que mais recuou de preço, ficando atrás somente das quedas registradas nos preços do feijão e do óleo de soja.
Nesse período, segundo a pesquisa, a trajetória dos preços médios da carne bovina vendida na capital foi a seguinte: em dezembro/2022 o quilo do produto custou em média R$ 39,15. Em janeiro/2023 foi comercializado em média a R$ 38,36; no mês de novembro/2023 custou em média R$ 36,39 e em dezembro/2023), custou em média R$ 36,51.
As análises comparativas do Dieese/PA mostram que o produto ficou mais caro em 0,33% no mês de dezembro/2023 em relação a novembro/2023. Entretanto, no comparativo de preços de janeiro a dezembro de 2023, o preço do produto ainda acumulou queda de quase 7,00%. Entre dezembro de 2022 e 2023, o preço da carne bovina de primeira diminuiu em todas as cidades pesquisadas pelo Dieese, em alguns casos os recuos chegaram a quase 13,00%.
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O aumento da oferta de carne no mercado interno e a suspensão temporária da exportação para China são apontados como fatores para a redução do valor comercializado no varejo.
Açougues
A equipe de reportagem do DIÁRIO conversou com donos de açougues e com consumidores sobre a trajetória do preço da carne.
No box do Francisco Pantoja Soares, no Mercado e Feira da Bandeira Branca, no bairro do Marco, as vendas durante o mês de dezembro de 2023 foram boas. “As vendas no final de ano foram boas, mas esse mês (janeiro) deu uma enfraquecida. Mas ainda assim foram boas”, conta. “A gente não tem como segurar os valores quando sofre um reajuste, senão a gente não lucra nada. Mas eu percebi uma redução de preço no final de ano e o consumidor também sentiu no bolso. As carnes que mais estão saindo são as de consumo diário, como vísceras, carne para bife, carne para cozido e picadinho”, explica.
Já o empresário Gerson Pinto, proprietário de um açougue no bairro da Pedreira, diz que a carne não teve aumento nos últimos meses. “Na verdade, está tudo tranquilo, a carne não teve aumento e a exportação parou. Então, nesse caso, está tudo bem. Em dezembro, foram muito boas as vendas. Aqui a gente tem uma série de variedades de cortes de carne para o consumidor, todos saem por igual, tanto o bife como a carne com osso. Além disso, as peças para churrasco também estão tendo bastante saída, principalmente a alcatra e a maminha”, descreve.
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Para o comerciário, Jorimar Castro, a carne bovina ficou mais atrativa nos últimos meses de 2023. Ele costuma comprar o produto quinzenalmente. “Eu costumo vir bastante nesse açougue, são bons os preços. Como você vê, eu faço uma compra grande. Costumo vir quinzenalmente e vou deixando no congelador. Até o momento está dando para levar a carne, o preço nunca é tão bom, mas já deu uma reduzida”, disse. “Geralmente costumo comprar as carnes para consumo diário, como filé, um pouco de pá e um pouco de peito. A gente tenta economizar a carne, e diversificar as comidas, fazendo um cozido, uma sopa e uma carne de panela”, conclui.
Preços
Nos açougues visitados pela equipe, os preços encontrados foram: alcatra - R$ 40,00; cabeça de lombro - R$ 29,99 a R$ 35,00; paulista - R$ 29,99 a R$ 35,00; fraldinha - R$ 31,99 a R$ 35,00; agulha - R$ 23,99 a R$ 25,00; picadinho de primeira - R$ 23,99 a R$ 35,00; picadinho de segunda (músculo) - R$ 13,99 a R$ 28,00.
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