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Pará tem duas possíveis mortes por dengue sob investigação

Um dos óbitos seria em Belém. Segundo o Ministério da Saúde, Estado registrou até o último dia 12, cerca de 1,6 mil casos prováveis da doença

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Imagem ilustrativa da notícia Pará tem duas possíveis mortes por dengue sob investigação camera Acúmulo de lixo nas ruas pode ajudar na proliferação do Aedes aegypti. Abaixo, Carlos Silva conta que faz sua parte na luta contra o mosquito | (Foto: Celso Rodrigues/Dário do Pará)

Neste período de inverno amazônico é preciso redobrar a atenção com o acúmulo de água das chuvas em recipientes, vasos de plantas e nos quintais das casas. É uma medida simples, mas pode evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças como zika e chycungunya. De acordo com dados do Ministério da Saúde, até o último dia 12 deste mês, foram notificados 1.608 casos prováveis de dengue e dois óbitos estão em investigação, no Pará.

Em Belém, até a data, foram registrados 182 casos prováveis e um óbito está em investigação. Recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que está intensificando o combate ao mosquito com mutirões pelos bairros com maior registro. Entre eles estão Guamá, Cremação e Coqueiro.

Os mutirões consistem na realização de visita dos Agentes de Combate a Endemias, que percorrem as residências para identificar os focos do mosquito e aplicar larvicidas. Além de orientar a população para evitar acúmulo de água parada e fazer o acondicionamento correto do lixo.

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GUAMÁ

Apesar das ações, no bairro do Guamá o aumento de casos da doença nesta época do ano ainda preocupa os moradores. Um deles é o servidor público Carlos Silva, 66, que reside próximo à feira, na Avenida José Bonifácio. Há 3 anos, o morador contraiu dengue hemorrágica e precisou ser hospitalizado. Felizmente, conseguiu se curar da doença. Mas tem consciência de que a dengue pode levar à morte. Por isso, Carlos procura fazer a parte dele, dentro de casa, para evitar criadouros do mosquito e, com isso, proteger toda a família. “Fiquei hospitalizado com dengue hemorrágica. É muito complicado um bichinho pequenino que mata mesmo. A gente quer se prevenir para não ter problema. Tem vizinho que não deixa o pessoal entrar (Agentes de Endemias). Na minha casa é tudo enxuto, o quintal é cimentado, pintado e lavado todos os dias. E mesmo assim ainda mandei fazer uma dedetização”, garante.

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Pelo bairro é possível observar a presença de lixo e poças de água pelas ruas. Um dos pontos fica na Rua Paes de Souza, ao lado do cemitério de Santa Izabel. Segundo Núbio Oliveira de Paula, 78, que é porteiro de uma escola da área, o local está sempre com acúmulo de lixo e isso preocupa a instituição de ensino, onde há crianças diariamente.

“Aqui (na escola) são só crianças especiais. Tirar eles (a prefeitura) tiram (o lixo), mas aí vem os carroceiros e jogam (de novo)”, afirma, o trabalhador.

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