Economize até 30% da conta de luz usando ar-condicionado

Um levantamento da Associação que representa consumidores de energia (Abrace), apontou que em 2022 o Brasil teve o maior custo residencial com energia elétrica na comparação com 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A pesquisa mostrou que o peso da tarifa no orçamento familiar foi mais alto no Brasil do que nos países mais desenvolvidos do mundo.

A conta de energia paga pelo consumidor é composta pelo volume consumido multiplicado pela tarifa de cada distribuidora, que é definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A esse valor, são somados os tributos e o custo das bandeiras tarifárias, ferramenta usada para indicar o volume de água no reservatório das hidrelétricas.

Ainda dentro desse valor, estão incluídos a geração de energia, a distribuição e a transmissão. Além disso, estão incluídos os encargos do setor, que são os valores dos subsídios destinados a políticas públicas por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Conforme dados da Aneel, ao final de 2023, a Equatorial Pará é a distribuidora com a tarifa de energia residencial mais cara do país: R$ 0,962/kWh. Com esse valor, o Pará também lidera o ranking entre os estados com a tarifa de energia mais cara.

Vale lembrar que o Estado é responsável por duas das maiores usinas hidrelétricas do país, Belo Monte e Tucuruí, e está no foco do trabalho do grupo técnico criado pelo Governo do Pará, que vem propondo alternativas que permitam modificar o sistema de reajuste de energia.

DICAS PRECIOSAS:

O calor intenso da região norte faz com que o consumo de energia se multiplique fazendo com que a conta pese ainda mais no bolso dos paraenses. Para refrescar o calor, muitos costumam usar o ar-condicionado com frequência no período. Quem ainda está com receio de comprar um ar condicionado porque ele gasta mais energia que um ventilador, especialista dá algumas dicas para reduzir o consumo e economizar na conta de luz.

Em entrevista ao DOL, o engenheiro elétrico, Cristiano Ferreira, explica que o primeiro passo para economizar energia usando ar condicionado é procurar um profissional especializado para que se verifique as instalações elétricas e assim evitar sobre carga elétrica e curto circuito. Outro passo é escolher o modelo adequado para cada ambiente que deseja climatizar.

Segundo o engenheiro, ligar o ar condicionado na temperatura mais fria não vai esfriar o ambiente mais rápido. Isso pode fazer o aparelho trabalhar mais, e esse esforço consome ainda mais energia. O ideal é utilizar uma temperatura ente 16, 17 ou 18°C e depois mudar para o 23°C, isso vai fazer com que o aparelho trabalhe menos e o ambiente vai esfriar melhor.

Antes da instalação, é preciso seguir as seguintes orientações:

• - instalação adequada e com aterramento para evitar danos
• - 600 btus/m²
• -um quarto pequeno, optar por um ar condicionado de janela caso não encontre uma central de 7500
• - central de ar inverter e convencional de 7500 e mais escassa
• - quarto de 15 m² para 9000 btus
• - quarto de 20 m² para 12000 btus
• - central de 9000 BTUs para Quarto de 15 m²
• - central de 12000 BTUs para quarto de 20 m²

O especialista alerta que, os aparelhos portáteis de ar-condicionado devem ser evitados, pois esses modelos consomem mais energia do que uma central de ar devido a sua grande potência de funcionamento. Todas essas medidas podem render uma economia de cerca de 20 a 30% na conta de energia.

VÍDEO: CONFIRA OUTRAS DICAS DO ENGENHEIRO ELÉTRICO PARA REDUZIR O CONSUMO DE ENERGIA:

PLACA SOLAR

Nos últimos anos, a placa solar surgiu como uma alternativa renovável de energia que muitas pessoas têm encontrado para economizar na conta de luz. Isso porque como essas placas possuem tecnologia avançada para captar luz solar e transformá-la em energia elétrica, ao se utilizar de um recurso natural, o gasto é bem menor podendo reduzir em até 95% da conta de energia.

Segundo o engenheiro eletricista, para uma casa que gasta acima de R$ 400,00 em conta, uma economia de 50% a 95%, que já será um grande alívio aos consumidores. A porcentagem de economia irá variar de acordo com a quantidade de placas instaladas.

Repórter: Marli Portilho