Apesar de entreter e tornar as atividades diárias mais agradáveis, o uso do fone de ouvido em um volume acima do permitido, pode não só alterar a noção de tempo e espaço, mas também prejudicar a concentração na vida acadêmica, profissional e pessoal.
“O cérebro se concentra melhor nas atividades neuronais específicas quando não existem outros estímulos competitivos”, explica o otorrinolaringologista Paulo Fontelles.
“As lesões iniciais causadas pelo uso indevido do fone podem trazer lesões temporárias se tornarem permanentes. O que pode comprometer e limitar o desempenho em várias atividades humanas: estudos, trabalho, sociais”, continua.
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Quando esse volume está alto, o cérebro entende como “natural” e automaticamente se ajusta a essa nova condição. O cérebro se adapta e passamos a não perceber que o som está cada vez mais acima do recomendado. Porém, o ouvido, que é apenas um canal transmissor, não tem a mesma facilidade de se adaptar como o cérebro e sofre com o impacto, o que pode desencadear uma lesão mais grave.
“O uso de fones de ouvido em uma sociedade muito barulhenta potencializam as chances de surgimentos de transtornos do ouvido. O hábito de deitar ouvindo fones de ouvido é um risco muito grande, pois adormecendo com esse estímulo auditivo prolongado é um perigo iminente”, alerta o otorrino.
Quando o uso desse dispositivo é prolongado e diário, a perda de foco pode se tornar mais crônica, e a distração passa a afetar as realizações de tarefas do dia-a-dia.
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Paulo Fontelles alerta que ao primeiro sinal de um zumbido, o usuário deve procurar um médico especialista. De acordo com ele, o barulho estranho na audição pode prejudicar a qualidade de vida das pessoas, além de provocar irritabilidade, alteração emocional, insônia, falta de concentração, desestabilização do convívio social, agitação, taquicardia e ansiedade.
Usuários devem ficar atentos aos sinais que podem indicar perda auditiva, como ouvir zumbidos, sentir frequentemente tontura, dificuldade de compreender palavras, especialmente na presença de ruídos e dificuldade de concentração
ONDE PROCURAR AJUDA
O Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS-UFPA/EBSERH) atende pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e é referência paraense na análise e no tratamento de distúrbios da audição.
Os serviços dos hospitais que compõem o Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh são prestados gratuitamente à população do Pará através do Sistema Único de Saúde (100% SUS). Por terem o perfil de média e alta complexidade, o Bettina Ferro e o Barros Barreto não são hospitais de portas abertas, isto é, os pacientes são referenciados pela atenção primária.
Para ter acesso aos serviços, a população deve, primeiramente, procurar uma das portas de entrada do SUS – Unidade Básica de Saúde que são: ou Posto de Saúde, ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), ou os Prontos Socorros. Feita a avaliação inicial e descoberta a necessidade de atendimento especializado, a Secretaria Municipal de Saúde (SESMA) através do Departamento de Regulação (DERE) emite o encaminhamento para que o paciente venha receber atendimento em um dos hospitais do Complexo em casos de sintomas das doenças que fazem parte do perfil de atendimento dos Hospitais.
A única exceção é para o atendimento de urgência em meningite, que o HU Barros Barreto possui atendimento direto.
Repórter: Brenda Hayashi
"Paraense e formada em Comunicação Social (Jornalismo), Brenda Hayashi é uma pessoa antiquaria colecionadora de discos de vinil, apaixonada por antiguidade e apreciadora de músicas das décadas de 60, 70, 80 e 90. Repórter do DOL desde janeiro de 2022, ela gosta de escrever sobre assuntos relacionados à moda, entretenimento e cultura".
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