Com a oficialização de que Belém, capital paraense, será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025, o Brasil então sedia pela primeira vez uma edição do evento ambiental mais importante do planeta, e justamente onde mora parte do problema e a chave da solução para o clima: na Amazônia.
Com isso, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) caminha rumo à estruturação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia. Uma das principais entregas do Executivo para a COP 30, o Parque reunirá diversos centros temáticos para a melhoria do ambiente de negócios para a bioeconomia. Os encontros ocorreram com instituições parceiras na implementação do parque, esta semana, em Belém.
Participaram das programações, que se encerraram na última quinta-feira (7), representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Embaixada do Reino Unido no Brasil, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Climate Policy Initiative (CPI), instituto Paulo Martins, Fundação CERTI, Consórcio FBDS, PCT Guamá, WRI, Vale.
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“A nossa meta é que o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, uma das ações estruturantes do Plano de Bioeconomia do Pará promova a melhoria do ambiente de negócios sustentáveis e empregos verdes. Neste sentido, é fundamental a conexão entre a iniciativa privada e a política pública, para manter suas atividades e alcançar a transformação que almejamos. O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, conta com o apoio de muitas instituições e profissionais de alto nível que estão aqui colaborando com a gente com suas experiências e conhecimento na área. O mais importante é lembrar que o projeto é totalmente customizado para a nossa realidade. Para nós isso é o mais importante”, afirmou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida.
O Plano Estadual de Bioeconomia é uma política pública que visa promover o desenvolvimento sustentável e a inclusão social, utilizando a sociobiodiversidade como aliada estratégica. A bioeconomia poderá ser decisiva para o desenvolvimento de produtos e serviços mais sustentáveis no estado.
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“Eu gostaria de ressaltar a importância que nós, do governo federal, do Ministério do Meio Ambiente, estamos dando para esta agenda e para este trabalho de construção aqui no Pará. As políticas federais poderão não só cooperar, mas transcender esta política para a Amazônia e para outras regiões. Dentro do contexto da bioeconomia, estamos trabalhando no sentido de criar uma política federal”, afirmou Carina Pimenta, titular da Secretaria Nacional de Bioeconomia, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA)
Previsto no Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), o Parque, assim como o plano que dá origem à sua concepção, é uma iniciativa pioneira no Brasil e engloba diversas iniciativas, incluindo a Escola de Saberes da Floresta, um Centro de Turismo de Base Local, o Centro de Inovação em Bioeconomia, o Observatório da Bioeconomia, o Centro de Biotecnologia, o Centro de Gastronomia e o Centro de Sociobioeconomia. Cada um desses componentes desempenha um papel específico na promoção de uma economia sustentável e na preservação do patrimônio natural e cultural da região.
"As programações realizadas esta semana tiveram como objetivo fazer com que cada instituição pudesse identificar sinergias e contornos de suas atuações, além de ouvir e compreender como podem colaborar entre si com clareza dos objetivos gerais e dos públicos beneficiários. O PLANbio prevê projetos estruturantes como o Parque que se desenvolvem na mesma urgência que as questões e desafios climáticos que enfrentamos. Com este tipo de debate, podemos tirar dúvidas, nos reconhecer e identificar sinergias, limites de atuação e, principalmente, entendermos cada papel e principalmente o do Estado como indutor das novas economias e da proteção do nosso patrimônio natural e intangível", afirma Camilla Miranda, responsável pela política de Bioeconomia, projetos especiais e políticas estratégicas na Semas.
O PlanBio é uma política pública do Governo do Pará, coordenada pela Semas e ancorado na Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), sendo também um dos componentes do eixo de desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA). O Plano de Bioeconomia foi lançado oficialmente na COP-27, realizada em 2022, no Egito.
Na programação, também ocorreu uma reunião do Conselho Curador do Centro de Sociobioeconomia com o objetivo de traçar o planejamento para a implementação do projeto que pertence ao UK Pact Brasil coordenado pela embaixada do Reino Unido no Brasil. A reunião debateu o papel, as metas, as funções e a metodologia de estruturação do Centro, considerando aspectos como estrutura de governança e estratégias de funcionamento.
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