O período chuvoso é propício para o aumento da população de mosquitos que passam a circular mais nas áreas urbanas e, consequentemente, dentro das residências. Nesta região do país, de forma geral, as diversas espécies de mosquitos são apelidadas de carapanã e pertencem a uma família de insetos chamada de culicidae, que são habitualmente conhecidos como muriçocas, mosquitos ou pernilongos.
Dentre os mosquitos, estão o Culex e o Aedes aegypti, que são presentes no meio urbano o ano inteiro. Porém, as populações dessas espécies aumentam nesta época justamente por causa das chuvas. É o que explica o especialista em insetos e doutor em Zoologia, Fernando Carvalho, que atua como pesquisador adjunto do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.
“Vários fatores contribuem para o aumento da população de mosquitos. No período de chuvas, acumula muita água e a parte do desenvolvimento deles é no ambiente aquático. Isso aumenta a quantidade de larvas. Além disso, as chuvas aumentam a umidade e os insetos dependem de umidade. Eles conseguem ter um deslocamento maior. Tem espécies que no período seco não conseguem sair da mata, mas nesses períodos chuvosos eles saem da mata e conseguem ir para as áreas urbanas”, destaca.
CARACTERÍSTICAS
Somente as fêmeas dos mosquitos alimentam-se do sangue humano. Já os machos buscam néctar ou outras substâncias açucaradas, conforme informou o pesquisador. “Elas precisam de sangue para a maturação dos seus ovos, para se reproduzir”, diz.
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De acordo com o pesquisador, o culex é uma espécie que não representa risco à saúde humana. “Eles têm um aparelho bucal, o sugador, que se assemelha a uma agulha de seringa. Eles inserem nos vasos mais finos do corpo e sugam o sangue. Geralmente atacam do entardecer para a noite. Esse mosquito é marronzinho e se reproduz em água com mais matéria orgânica, uma água mais suja”, pontua Carvalho.
Já o Aedes é preto e possui pintas brancas pelo corpo. As asas são translúcidas. “Geralmente, o Aedes ataca de dia e prefere picar partes mais baixas do corpo, no caso as pernas. Já o culex qualquer pica em qualquer parte. O Aedes prefere (se reproduzir) a água acumulada da chuva e mais limpa. Mesmo que seja um pouco de água, ele consegue. Mas também consegue se reproduzir em águas sujas. Tem que ficar de olho em caixa d’água, calhas, copos descartáveis e pneus”, pontua.
Em casa, a principal forma de combater a proliferação dos mosquitos é eliminando possíveis criadouros, ou seja, estar constantemente mantendo o quintal limpo e sem acúmulo de água. Checar recipientes que podem acumular água como vasos, pneus, calhas e caixa d’água é necessário. E, além disso, para se proteger do mosquito adulto, o pesquisador recomenda o uso de repelentes em adultos e nas crianças. É preciso aplicar o produto principalmente nas pernas, já que o cuidado maior deve ser com o Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya.
Vários fatores contribuem para o aumento da população de mosquitos. No período de chuvas, acumula muita água e a parte do desenvolvimento deles é no ambiente aquático. Isso aumenta a quantidade de larvas. Além disso, as chuvas aumentam a umidade e os insetos dependem de umidade”. Fernando Carvalho, especialista
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