A quantidade de lixo amontoado em vias públicas de Ananindeua, pode ser percebida desde a avenida Mário Covas com a avenida Independência, até os bairros da Cidade Nova, onde moradores reclamam do desconforto, mau cheiro, além do risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Na tarde de anteontem, 11, a equipe do DIÁRIO DO PARÁ percorreu algumas vias do bairro da Cidade Nova, em Ananindeua, e registrou pontos de acúmulo de lixo orgânico, entulho e resíduos de construção civil. Resto de frutas e comidas, móveis velhos, telhas e outros materiais de construção, assim como sacolas plásticas e eletrônicos, foram alguns itens encontrados.
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Na Cidade Nova 4, especificamente na arterial 18, próximo a uma loja de eletrodomésticos, quem sofre com o mau cheiro que provém do amontoado de lixo bem ao lado de sua loja é o comerciante Emerson Costa, de 48 anos. De acordo com ele, a prefeitura do município realiza a coleta ao menos 3 vezes na semana, no entanto, alguns moradores não ajudam para manter a limpeza do local.
“Às vezes os próprios feirantes jogam o lixo aí, se acostumaram. Eu sofro com esse mau cheiro e também afasta a clientela daqui. No mais, acredito que a coleta deve ser feita mais vezes e as pessoas também precisam se conscientizar”, conta.
Estofados, pedaços de compensados, pneus, vasos sanitários, telhas e demais resíduos ocupam metade da WE 35 com a SN 19, na Cidade Nova 5. Quem sofre há pelo menos 3 anos com este cenário é a dona de casa Fátima Azevedo, 58.
Segundo ela, já tem duas semanas que os entulhos na rua só acumulam. E o cenário sempre pode piorar. “Agora, desse jeito que está aí, só passa um carro. Ainda tem o perigo da dengue, já que tem pneus e, nessa época de chuva, fica acumulando água parada. Um serviço para pegar entulho já seria ótimo”.
Mais à frente, no mesmo perímetro, entre a passarela 33 e 34, outros dois pontos de entulho foram registrados. Próximo a uma quadra de esportes, muito usada por moradores como Wellington Andrade, 53, troncos de árvores e móveis velhos se amontoam e dificultam a mobilidade, além do lazer de crianças. De acordo com Wellington, essa situação só tende a se agravar com o tempo.
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Outra situação que não passa despercebida pelos moradores da Cidade Nova 6, na WE 60 com SN 24, é uma cratera que já foi aterrada pela população a fim de amenizar a situação. Na via, condutores, pedestres e ciclistas desviam como podem para não sofrerem prejuízos financeiros. Segundo um trabalhador da área que preferiu não se identificar, o buraco estava aberto há 7 meses, quando agentes da prefeitura abriram para realizar uma limpeza, e só foi fechado no último fim de semana por moradores.
Resposta
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Seurb) afirma que realiza diariamente o trabalho de retirada de entulho e limpeza, tais como, capina, roçagem e desentupimento de bueiros, em logradouros públicos.
Ainda segundo a Seurb, “há 7 meses foi criado o Programa “Ananindeua Mais Limpa” com a realização de mutirões programados nos bairros para todas as sextas-feiras, que consiste em convocar a população de determinados endereços a separar móveis inservíveis, restos de construção ou de limpeza de quintais e aguardar o caminhão-caçamba chegar na data específica para fazer a coleta”.
Outro trecho da nota reforça que “os endereços da ação são divulgados nas redes sociais da Prefeitura. O objetivo é reduzir o descarte clandestino e irregular de entulho”. Quanto ao buraco na WE 60, a Seurb afirmou que irá ao local para averiguar se foi aberto em decorrência de bueiro ou se tem a ver com desgaste do asfalto (neste caso, de competência da Sesan).
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