O presidente da França, Emmanuel Macron, desembarca em Belém na próxima terça-feira, 26, onde será recebido pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo governador do Pará, Helder Barbalho. Na agenda, que foi acertada pelo governador com o embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, o presidente francês vai se reunir com Helder para tratar de acordos de cooperação em bioeconomia e soluções voltadas para a floresta viva e os povos indígenas. Na capital paraense, os dois presidentes, juntamente com Helder Barbalho, vão tratar de agenda ambiental.
Macron e Lula devem ainda fazer visitas aos locais que estão sendo preparados para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-30, que acontece no final de 2025, em Belém.
NOTÍCIAS RELACIONADAS:
- Helder anuncia auxílio estudantil a alunos da Uepa
- Helder fala em ações para mudar realidade do Marajó
- Helder assina acordo e garante R$ 900 milhões para Educação
Macron foi o primeiro líder mundial a expressar apoio à proposta do presidente Lula, para a realização do COP-30 na Amazônia. No final do ano passado, ele anunciou o repasse de 500 milhões de euros - cerca de R$ 2,68 bilhões– para o Fundo Amazônia, que financia ações para a preservação da floresta.
O país europeu ganha destaque nas discussões sobre a Amazônia, por ter a Guiana Francesa - departamento ultramarino da França na América do Sul – que faz fronteira com o Brasil e tem parte de seu território coberto pela floresta amazônica. Macron vai visitar a Guiana nessa passagem pelo Hemisfério Sul, antes de pousar em Belém.
Quer ler mais sobre o Pará? Acesse o nosso canal no WhatsApp!
A viagem do presidente francês coincide com um impasse nas negociações da União Europeia para um acordo comercial com o bloco Mercosul e é um dos temas esperados na pauta entre Brasil e França. O acordo foi finalizado em 2019, após 20 anos de negociações, mas não foi ratificado pela União Europeia. Em mais de uma ocasião, a França já se posicionou contra o acordo.
A aceitação por parte de Macron ao convite do presidente Lula, feito em outubro do ano passado, aconteceu após um período de relações tensas, marcado por divergências sobre políticas comerciais. Protestos de agricultores em toda a Europa alimentaram a oposição de Macron ao acordo comercial com o Mercosul, levando-o a intervir diretamente junto à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em janeiro deste ano, quando pediu o fim das negociações sobre o acordo.
Os agricultores franceses e europeus temem um influxo de importações de alimentos mais baratos, especialmente carne bovina, para o velho continente. Analistas políticos não acreditam que a vinda de Macron ao Brasil registre progressos significativos, embora se espere que seja acompanhada por uma delegação significativa de empresários.
Agenda
Na agenda de Macron está uma visita que fará, junto com o presidente Lula, ao Complexo Naval de Itaguaí, município do Rio de Janeiro, onde está a base de construção de submarinos brasileiros.
Nos estaleiros, estão sendo construídos submarinos do tipo Scorpéne, com tecnologia francesa. O Programa de Desenvolvimento de Submarinos, e ProSub, prevê a construção de quatro submarinos movidos com propulsão diesel-elétrica. Os submarinos do ProSub serão empregados no patrulhamento da costa brasileira.
Depois da visita à cidade fluminense, o líder francês deverá cumprir agenda em São Paulo, cujos detalhes ainda não foram divulgados.
A última parada é Brasília, onde vai se reunir com Lula no Palácio do Planalto. A programação prevê ainda uma visita ao Senado no dia 28 de março, onde será recebido pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, no Salão Nobre, a partir das 15h.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar