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NA AMAZÔNIA

Polinização das palmeiras gera R$ 706 milhões por ano

Estudo da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Instituto Tecnológico Vale (ITV) estima impacto econômico da polinização para o cultivo do açaí e outras espécies de palmeiras na Amazônia.

Imagem ilustrativa da notícia Polinização das palmeiras gera R$ 706 milhões por ano camera O açaí é uma das palmeiras mais tradicionais da Amazônia | (Reprodução)

Em destaque como culturas que dependem da polinização para se perpetuar na natureza, as palmeiras são espécies vegetais que têm papel importante no fornecimento de alimento e subsistência para muitas famílias, especialmente na região amazônica. A polinização, feita por abelhas e besouros, é essencial para a produção de frutos de palmeiras, como o açaí.

Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV) buscou exemplificar, em valores monetários, a importância desse processo e os impactos dele para a produção agrícola da região. O estudo indicou que chega a R$ 706 milhões por ano (conforme valores corrigidos para o ano corrente) o valor do serviço de polinização desses insetos nas palmeiras, com base em dados do IBGE.

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A estimativa do valor foi feita a partir de dados do Censo Agropecuário de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, que avaliou treze espécies de palmeiras, foi publicado na revista científica Arthropod-Plant Interactions, na edição de fevereiro (14).

Se destacando como culturas que dependem da polinização para se perpetuar na natureza, as palmeiras são espécies vegetais que têm papel importante no fornecimento de alimento e subsistência para muitas famílias, especialmente na região amazônica. A polinização, feita por abelhas e besouros, é essencial para a produção de frutos de palmeiras, como o açaí. Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV) buscou exemplificar, em valores monetários, a importância desse processo e os impactos dele para a produção agrícola da região. O estudo indicou que chega a R$ 706 milhões por ano (conforme valores corrigidos para o ano corrente) o valor do serviço de polinização desses insetos nas palmeiras, com base em dados do IBGE.

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A estimativa do valor foi feita a partir de dados do Censo Agropecuário de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, que avaliou treze espécies de palmeiras, foi publicado na revista científica Arthropod-Plant Interactions, na edição de fevereiro (14).

Cultivo do açaí corresponde a 92% do valor monetário da polinização

Cerca de 61% dos valores da polinização estão associados à produção de frutos de palmeiras advindos de áreas de florestas. O açaí é a espécie mais importante da região e seu cultivo corresponde a 92% do valor monetário associado à polinização. A produção agrícola do fruto é predominante no estado do Pará, equivalendo a 79%. A segunda cultura mais importante é o babaçu, com produção concentrada principalmente no estado do Maranhão.

Com a proximidade do Dia Internacional das Florestas, comemorado neste último 21 de março, a pesquisa do Instituto Tecnológico Vale reforça o compromisso da mineradora com a manutenção da biodiversidade da floresta amazônica. A Vale ajuda a proteger 1 milhão de hectares em todo o mundo por meio de ações de compensação ou voluntárias. Deste total, 800 mil hectares estão na Amazônia, onde a empresa está presente há quase 40 anos.

Os resultados dos estudos apresentados destacam a importância dos polinizadores na produção de frutos e sementes nas culturas de palma e reforçam a necessidade de conservar tanto os polinizadores quanto promover a manutenção da floresta de pé, para garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável da região amazônica.

“As palmeiras são muito importantes para as comunidades tradicionais que, muitas vezes, são extrativistas, ou seja, entram na floresta e coletam frutos, fibras e amêndoas. Os polinizadores têm uma importância econômica muito grande, e é mais fácil compreender esses serviços prestados principalmente por insetos para a produção de alimentos a partir de cifras monetárias”, aponta Tereza Cristina Giannini, pesquisadora do ITV e uma das autoras do estudo.

Ao estudar os polinizadores, algumas questões preocupam os cientistas, como os efeitos das mudanças climáticas sobre eles, por exemplo. “Existe um ciclo de dependência entre as pessoas e a floresta que, por sua vez, depende de polinizadores para continuar existindo. Então, aquilo que afeta o habitat natural dos animais pode afetar, consequentemente, a produção agrícola”, explica William de Oliveira Sabino, pesquisador do ITV e coautor da pesquisa. Ele defende que é preciso pensar em soluções para preservar os processos de polinização na região Amazônica diante das mudanças ambientais.

Dia Internacional das Florestas

Celebrada pela ONU desde 2012, a data busca conscientizar sobre a relevância das causas florestais para a manutenção da vida no planeta. Esse tema é especialmente importante no Brasil, que abriga uma ampla diversidade de espécies, com características únicas no mundo.

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