O acúmulo de lixo nas ruas de Belém tem gerado preocupação entre os moradores, que relatam uma falta de efetividade na coleta de resíduos.
Na manhã desta segunda-feira (22), a equipe de reportagem do DIÁRIO apurou denúncias sobre o acúmulo de resíduos na capital paraense. O lixo e entulho de materiais domésticos em quantidades significativas tomam conta da avenida Centenário, no perímetro da avenida Major Aviador Seda, no bairro Mangueirão.
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De acordo com o comerciante Wellington Borcem, de 38 anos, além do descarte irregular, não há coleta constante no perímetro. “A coleta de lixo não é feita frequentemente; então, fica difícil até de colocar os lixos na porta de casa, porque o [carro de] lixo não passa. A última vez que passou foi quarta-feira [17] e de lá até agora ainda não passou”, relata o comerciante.
Ainda no bairro, já na avenida Mangueirão, que dá acesso ao Estádio Olímpico do Pará - Jornalista Edgar Proença (Mangueirão), observa-se o enorme descarte de lixos domésticos. O estudante de biblioteconomia André Cunha, 22, usa a via para chegar até o estágio e precisa contar com cautela dos motoristas para passar na avenida, já que as calçadas estão tomadas de entulho. “Logo quando cheguei aqui, há dois meses, não tinha essa quantidade toda de lixo, mas depois de um tempo, está crescente e chegou a esse nível. Antigamente, eu ainda conseguia usar a calçada, hoje eu preciso passar por cima do lixo para não ter que ir para o meio da rua”, fala.
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Na Rua Canal São Joaquim, próxima a passagem São Benedito, no bairro Barreiro, além do lixo comum, o descarte de caroços de açaí é frequentemente visto. O autônomo José Maria Fiel, 55, morador próximo do Canal São Joaquim, ao relembrar que a capital paraense será sede da Conferência do Clima sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, pondera que ações precisam ser tomadas o quanto antes. Afinal, segundo ele, “a acumulação excessiva de lixo não afeta apenas a estética da cidade, mas levanta preocupações com questões de saúde e meio ambiente”.
Em frente à casa do seu Joaquim Silva, 73, na Travessa Lomas Valentinas, entre avenida Senador Lemos e travessa Pirajá, o mal cheiro afeta o dia a dia do aposentado. “Ainda tem o problema de que não colocam em um só lugar, as vezes forma até fila. Fora que jogam de tudo, mas o fedor de comida podre é pior, que passam 8 a 10 dias aí”, diz.
A reportagem solicitou resposta para a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), mas até o fechamento da edição, não obteve resposta do órgão.
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