O Centro de Reabilitação e Organização Neurológica do Pará (IONPA) interromperá os atendimentos públicos reservados a encaminhamentos do Sistema Único de Saúde pelas unidades da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (SESMA), a partir desta segunda-feira (13).
A interrupção do atendimento acontece pela falta de pagamento por parte da Secretaria, que não fez os repasses necessários ao IONPA, que, até o momento, estava operando apesar dos atrasos da Prefeitura Municipal de Belém.
De acordo com a nota divulgada pelo Centro, o instituto sofre com sérias dificuldades relacionadas a entraves e atrasos nos repasses de recursos importantes para manutenção dos atendimentos realizados ao público.
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Em contato com a redação do DOL, o assessor da diretoria do IONPA, Fernando Larrat, informou que a decisão de suspender os atendimentos públicos foi motivada pela impossibilidade de manter o funcionamento normal do Centro sem os repasses, e que a situação causou atraso nos salários de funcionários.
Já o diretor da instituição, Fernando Miranda, informou que os repasses do SUS sempre atrasaram, mas que a situação piorou desde 2021, chegando a virar meses sem receber os recursos.
Segundo ele, também, o IONPA não estava recebendo os pagamentos desde fevereiro, e sem previsão para recebimento.
O Centro também esteve, durante todo o sábado, em tratativas com a SESMA para regularizar os pagamentos e retomar os atendimentos o mais rápido possível.
A redação entrou em contato com a SESMA para pedir mais esclarecimentos. O órgão respondeu com a nota à imprensa a informação de que "realizou os pagamentos ao IONPA nesta sexta-feira, 10, garantindo que os recursos financeiros estarão disponíveis para a instituição na segunda-feira, 13. Essa ação não interromperá os atendimentos aos pacientes".
Problema conhecido
Os atrasos e faltas de pagamento não são novidade para os prestadores de serviço da Prefeitura de Belém.
Antes da assinatura do contrato com a empresa Ciclus Amazônia, nova responsável pela coleta de resíduos sólidos na capital, a cidade viveu, por meses, uma grande crise do lixo causada pela falta de pagamento das empresas responsáveis tanto pela coleta quanto pelo aterro sanitário.
As cooperativas de catadores de recicláveis também denunciaram, nas últimas semanas, a suspensão da coleta seletiva no município após a exclusão dos catadores do contrato com a Ciclus Amazônia.
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O município também passou, por mais de 15 dias, por uma greve geral dos servidores públicos, que estavam com um vencimento base abaixo do mínimo e sem reajustes tanto no salário quanto no ticket alimentação.
Nos anos anteriores, a prefeitura também recebeu duras críticas do setor cultural, uma das prioridades da atual gestão, por atrasar cachês de artistas locais nos eventos promovidos pela PMB.
Veja a nota do IONPA:
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