O comportamento dos animais de estimação varia para cada um, de acordo com necessidades físicas e psicológicas. Por isso, uma das formas mais procuradas para aproximar pets e tutores é o adestramento.
De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), divulgada em 2022, existem mais de 140 milhões de animais de companhia. Desses, mais de 55 milhões são cães. Porém, nem todos conseguem arcar com as despesas de um adestramento ou tenha contatos com adestradores.
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Mas, além dos pets, outros cães são treinados exclusivamente para trabalho, como os cães de caça, os cães-guia, cães de resgate e cães de operações de polícia, por exemplo. Uma coisa que todos têm em comum é que quanto mais cedo se inicia o treinamento, maiores as chances de obediência do animal a seu tutor.
Quem explica mais sobre estes costumes é o adestrador Edel Costa, cinófilo há 24 anos e profissional há 19, em que atualmente trabalha no canil da Guarda Municipal de Santa Isabel do Pará. De acordo com Edel, existem duas formas mais comuns de adestramento: básico e avançado.
O adestramento básico é para pets, ideal para melhorar a convivência no lar: “O treinamento básico consiste na psicologia do animal e na educação do lar. Onde fazer suas necessidades fisiológicas e outros comandos como sentar, ficar, dar a pata entre outros”, conta.
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Já no treinamento avançado, os cães são treinados para trabalho como guarda, proteção e resgate, sendo essa a especialidade de Edel. “O treinamento avançado é principalmente para animais de intervenções policiais, como os de faro para narcóticos e outras buscas. Muitos acham que os cães ficam ‘viciados’, mas não, eles são treinados para reconhecer um odor específico e quando identificam ganham uma recompensa, como um petisco ou uma bolinha”, destacou.
Outros cães que recebem treinamento avançado são os cães-guia, utilizado com frequência para deficientes visuais e que precisam de uma conexão excelente com seu tutor. Esses tipos de cães começam o treinamento ainda mais cedo, desde o "colo da mãe" e precisam cumprir alguns requisitos como ter um bom condicionamento físico, ser amigo e saber diferenciar obstáculos.
COMO TREINAR MEU PET?
Segundo o adestrador, existem quatro dicas fundamentais e indispensáveis para quem quer ter um animalzinho adestrado dentro de casa: tempo, liderança, obediência e comando.
“O maior problema na hora de começar a adestrar um pet é o próprio tutor, que às vezes quer agradar ao animal e não impõe comandos mais fortes. É preciso impor limites ao animal, saber dizer ‘não’ e não deixar ser liderado. O tutor precisa ter responsabilidade com o animal”, explica.
Outro ponto importante para o adestramento de pets é a recompensa. Ao dar um comando, por exemplo, e receber a obediência de seu animalzinho, dar um petisco ou um brinquedo que ele goste, faz com que haja uma melhora no comportamento deles.
Ainda segundo Edel, quanto mais cedo começar o adestramento melhor, mas os animais mais velhos também podem ser treinados: “Primeiramente tem que avaliar o animal, fazer um check up, exames de saúde. Os mais velhos têm muitos vícios e isso é uma dificuldade. Tirar deles os vícios e dar novos comandos pode fazer com que o tempo de adestramento seja maior, daí entra a paciência do tutor”.
É importante lembrar que o adestramento não é uma obrigação, mas a falta dele pode acarretar alguns problemas graves de comportamento, como as mordidas: “Alguns problemas que podemos notar no lar variam, pode ir desde uma mordida que destrói o sofá ou até mesmo em uma criança. O adestramento é bom para a vida útil, para as atividades e principalmente para não estressar o animal”, concluiu Edel.
Uma coisa é fato: ter um animal de estimação requer muito cuidado e responsabilidade. Por isso, tenha sempre em mente que não se trata de um brinquedo, mas sim de um ser vivo com necessidades, sentimento e carinho por seus tutores, merecendo respeito e um bom tratamento em seu lar.
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