Quer conviver melhor com seu pet? Veterinário dá dicas

Ter um animal de estimação melhora o humor, aumenta a qualidade de vida e garante uma companhia no dia-a-dia. Porém, alguns bichinhos podem ser agitados, arranhando móveis, roendo sapatos e aprontando muito, o que pode interferir na boa convivência do lar.

Um dos meios que proporciona benefícios, tanto para os animais quanto para seus tutores, é o adestramento. Entre os benefícios para os pets, destaca-se o desenvolvimento de habilidades cognitivas e a redução de comportamentos indesejados. Já para os tutores, o adestramento facilita a comunicação com o animal, fortalece o vínculo afetivo e torna a convivência mais tranquila e prazerosa.

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Quando se fala em adestramento, porém, muitos acreditam que apenas cães e gatos podem ser treinados para obedecer seus tutores. Acontece que outros animais, como os roedores e lagomorfos (coelhos entre outros), também podem passar por um adestramento desde que o treinamento comece quando ainda são filhotes.

Conforme o veterinário Ítalo Neves, em entrevista exclusiva ao DOL, são inúmeras as vantagens em adestrar um animal de estimação. Entre essas vantagens estão desde compreender o lugar exato de onde fazer as necessidades fisiológicas e, até mesmo, conhecer mais da parte psicológica dos bichinhos.

“São diversas na rotina prática dos bichanos, como um melhor manejo ambiental visto que cães adestrados entendem qual o lugar adequado para realizar suas necessidades fisiológicas; fatores relacionados a ansiedade em graus leves ou graves como aquela por separação, que nada mais é que um distúrbio comportamental, onde ao ficar longe do tutor o animal desenvolve uma intensa tristeza; correções em temperamentos de animais pouco sociáveis também, entre outros benefícios”, explicou Ítalo.

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Já sobre roer móveis, sapatos ou outros objetos da casa, o veterinário conta que isso pode ocorrer por falta de um ambiente mais interativo aos pets, com mais lazer e diversão. Assim como seres-humanos, os animais também precisam de distração para não ficarem com tédio e acabarem dando alguns prejuízos aos tutores.

“Há diversos motivos que levam os animais roerem móveis da casa, mas grande parte são por fatores relacionados à falta de um enriquecimento ambiental, como falta de brinquedos (que eles gostem), falta de interação com tutores (brincadeiras), o que acaba gerando tédio nos bichanos. Uma forma de evitar é gastando essa energia acumulada, com passeios diários (sempre respeitando o nível de energia do seu animal), brinquedos mais interativos e resistentes onde eles possam morder à vontade”, disse.

Além de cães e gatos, os coelhos e hamsters são outros animais queridos para fazer parte da rotina do lar. O mais importante sobre o adestramento destes bichanos é começar com os treinamentos desde os 3 ou 4 meses, quando já obedecem a comandos básicos como o melhor lugar para necessidades fisiológicas.

“O adestramento de roedores e lagomorfos é possível, sim, o ideal é sempre começar cedo, entre 3 a 4 meses já conseguimos ensinar técnicas básicas como o lugar adequado para defecação, uma melhor ingestão de feno, e até mesmo evitar o hábito intenso de roer os objetos pela casa”, explicou o veterinário.

Adestrar seu pet também requer dedicação, paciência e liderança para ocorrer obediência. Sendo assim. Ítalo enfatiza que é importante buscar leituras confiáveis e, claro, um profissional.

“Sempre buscar literaturas confiáveis, nem toda informação na internet é 100% verdadeira, quanto mais cedo se inicia o processo, mais fácil se torna; é sempre interessante buscar um profissional capacitado”, concluiu.