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PARÁ

Gasolina está custando entre R$ 5,37 e R$ 6,89

Entre 19 e 25 de maio, o custo médio do litro da gasolina no Pará foi de R$ 5,72, segundo o Dieese-PA. O município de Xinguara registrou o preço mais alto do estado, com o litro custando em média R$ 6,67.

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Imagem ilustrativa da notícia Gasolina está custando entre R$ 5,37 e R$ 6,89 camera (Foto: Ricardo Amanajás)

O impacto dos preços dos combustíveis no Pará tem sido sentido fortemente pelos consumidores, que enfrentam uma variação considerável de alta nos valores destes produtos. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), baseado em dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço da gasolina no estado varia entre R$ 5,37 e R$ 6,89. Os dados foram disparados nesta terça-feira (28).

Na semana passada, entre 19 e 25 de maio, o preço médio do litro da gasolina no Pará foi de R$ 5,72, classificando o estado como o 16º mais caro no ranking nacional e o 6º na região Norte. O município de Xinguara registrou o preço mais alto do estado, com o litro custando em média R$ 6,67; seguidos por Alenquer (R$ 6,49) e Altamira (R$ 6,42). Já Ananindeua (R$ 5,55), Castanhal (R$ 5,62) e Belém (R$ 5,72) apresentaram os menores preços médios.

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Pagando R$5,74 em um posto situado na travessa Lomas Valentinas, esquina com a avenida João Paulo II, o motorista de frete Samuel Mendonça, de 28 anos, compartilha que as tarifas do serviço que oferta precisam acompanhar tal cenário de preços da gasolina, para não ficar difícil na hora de equilibrar as contas.

“Quando há um aumento do combustível, o impacto é imediato no frete, mais até do que a manutenção do próprio carro. Às vezes eu sou pego desprevenido, por exemplo: dou valor para o cliente, a gasolina aumenta e fico no prejuízo”, diz.

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Samuel gasta de R$ 300 a R$ 400 por mês com gasolina, valor que pode aumentar dependendo das oscilações no preço. “É fundamental uma política pública voltada para distribuição de renda, a qual a máquina pública de impostos seguisse junto com a nossa capacidade de compra”.

Ainda no mesmo posto, Emerson Maciel, 29, motoboy há três anos, expressou a preocupação com a alta nos preços, que acaba tornando a lida diária ainda mais custosa para quem depende do equilíbrio dos preços para se manter. “Trabalho das 7h às 19h e, atualmente, gasto cerca de R$ 30 de combustível na minha moto diariamente. Com esses aumentos, chega a R$ 40 ou R$ 50 por dia, o que impacta diretamente a minha renda e o sustento dos meus dois filhos”, comenta.

Emerson Maciel é motoboy e gasta cerca de R$ 30 em combustível diariamente
📷 Emerson Maciel é motoboy e gasta cerca de R$ 30 em combustível diariamente |(Foto: Ricardo Amanajás)

O personal trainer Lucas Cardoso, 25, ao abastecer sua moto com o custo de R$ 5,82 em um posto na avenida Senador Lemos, esquina com a passagem Comendador Pinho, expõe que o automóvel é fundamental para sua locomoção diária, e chega a gastar R$ 40 por semana. “Com o aumento dos preços, fica mais difícil manter o orçamento, mas não posso ficar sem a moto, pois é essencial para me levar até meu trabalho”, fala.

Gás de cozinha

Além dos combustíveis, o preço do gás de cozinha também tem gerado preocupação. O preço médio do botijão de 13 kg no Pará foi de R$ 107,57 entre 19 e 25 de maio. Nacionalmente, o Pará ocupa a 11ª posição em termos de preços mais altos. Paragominas destacou-se negativamente, com o botijão custando em média R$ 136,42; assim como Parauapebas (R$ 122,85) e Itaituba (R$ 122,50). Santarém (R$ 93,99), Abaetetuba (R$ 96,25) e Ananindeua (R$ 96,49) apresentaram os menores preços.

O empreendedor Alcinei Santos, 53 anos, utiliza cerca de oito botijões de 13 kg por mês, além de seis botijões de 45 kg na sua panificadora. No botijão de 13 kg, o comerciante paga, em média, R$95 por conseguir descontos pela quantidade comprada. Em pelo menos três estabelecimentos nos bairros da Sacramenta, Pedreira e Marco, observamos o preço do mesmo botijão por R$105.

“O consumo do gás é alto e o valor também é alto. Tentamos economizar ao máximo, mas precisamos produzir para vender e, assim, ter nossas rendas. É difícil manter um preço nos produtos por muito tempo, com o preço do gás desse jeito”, explica.

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