A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, esteve em Belém nesta sexta-feira (12), onde participou do encerramento da programação científica da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Ela compôs a roda de conversa “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”, que ocorreu na Universidade Federal do Pará (UFPA).
Ao chegar, a titular da pasta conversou rapidamente com servidores ambientais em greve, que realizaram manifestação em frente ao Centro de Eventos Benedito Nunes.
Marina Silva garantiu ao grupo que o governo está se esforçando para atender às reivindicações da categoria. “Já conseguimos antecipar o concurso e continuamos em diálogo com vocês e com o centro de governo”, ressaltou”.
RODA DE CONVERSA
Coordenada pelo presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, a roda de conversa também contou com a participação do reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho e da pesquisadora titular do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), Ima Célia Guimarães.
Durante o discurso, a ministra destacou a importância do trabalho das instituições que realizam pesquisas, assim como de todos os pesquisadores que fazem a luta em prol da proteção dos biomas brasileiros. Segundo Marina Silva, é necessária a ajuda da ciência para a implementação de políticas públicas.
“É preciso pensar a ciência para um futuro sustentável e inclusivo. Fazer investimentos com base em evidências. Não dá para fazer ações erráticas que não estejam em consonância com os conhecimentos milenares e os que advém do saber técnico e científico”, afirmou.
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Marina destacou ainda o esforço nacional em relação a novos marcos regulatórios ambientais e ponderou sobre o potencial da COP-30, que será realizada em novembro de 2025, na capital paraense, para ações e negociações efetivas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
“Na COP-30 podemos fazer o ponteiro regredir e fazer a estabilização, porque já estamos vivendo os efeitos do clima e eventos extremos em muitos lugares do mundo e no nosso próprio país”, disse.
DESMATAMENTO
Ainda de acordo com Marina Silva, ano passado houve queda em 50% do desmatamento na Amazônia e, este ano, de 38%. A ministra também comentou sobre o Plano Clima, que se insere no contexto da meta brasileira sob o Acordo de Paris, no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Entre os objetivos, um deles é zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050.
A pesquisadora titular do MPEG, Ima Célia Guimarães, defendeu a implantação de territórios sustentáveis e, para isso, o Brasil deve integrar as políticas públicas setoriais a fim de estabelecer um novo modelo de desenvolvimento na região amazônica e atingir a meta de desmatamento e degradação zero.
“Precisa-se criar condições institucionais para que isso aconteça, um grande esforço colaborativo dos setores da sociedade e estamos prontos, com cientistas, para colaborar com a iniciativa”, disse.
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