Após dois anos da entrega do espaço reformado pela Prefeitura de Belém, o Ver-o-Rio, atração turística localizada no bairro do Umarizal, em Belém, encontra-se em situação deteriorada. É possível ver que o calçamento de pedras portuguesas continua com problemas e apresenta buracos em pontos do complexo, um risco para quem caminha pelo local. Além disso, as passarelas do trapiche estão interditadas e isoladas com tapumes.
O complexo Ver-o-Rio tem mais de 5.000 metros quadrados de área e começou a ser erguido em 1999. Uma das estruturas mais chamativas do local engloba a oca central e que seria destinado ao Memorial dos Povos Indígenas. Porém, também está isolado para acesso do público. Este espaço funcionaria como uma arena teatral para apresentações culturais e teve o telhado substituído e estrutura reforçada na época da reforma.
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De acordo com a atendente Claudiane Rodrigues, 30 anos, o lugar está com aspecto abandonado e deveria ser melhor valorizado por se tratar de um espaço que recebe muitos visitantes e turistas. “É um local bonito, que fica bem no centro da cidade, mas está feio. E eu vejo a oca ali isolada, cheia de pombos. A gente não pode nem visitar desse jeito”, afirma a atendente sobre o descaso com o Ver-o-Rio.
Na tarde de ontem (22), foi possível observar equipes trabalhando nas reformas das calçadas e nas passarelas. Porém, a reportagem observou problemas como falta de pelo menos três equipamentos (ou partes deles) de atividade física. É possível observar apenas os parafusos das estruturas fixados no chão.
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Outro transtorno observado foi a interdição da entrada da quadra de areia com tábuas de madeira, há falta de gradil em grande parte da quadra para proteger e cercar o espaço esportivo. Outro problema verificado pelo DIÁRIO foi a ausência de Guardas Municipais no posto destinado a eles no Ver-o-Rio. O ponto estava aberto, porém, sem os guardas.
Uma das principais reclamações dos visitantes é sobre as diferentes interdições no Ver-o-Rio, como os tapumes que impedem o público de caminhar pela passarela de madeira com vista para a Baía do Guajará. “Aqui está abandonado. É bem triste visitar. Trouxe os netos pequenos da minha patroa para passear no Complexo. Eles são de São Paulo, mas nem dá pra passear tanto com eles, com várias partes interditadas impedindo o acesso”, relata Márcio Guerreiro, 49 anos, motorista.
Karina Santos, 28 anos, autônoma, é do Estado do Maranhão e veio realizar uma prova de concurso público em Belém. Aproveitou para visitar o Ver-o-Rio para espairecer a mente, mas não gostou do cenário que observou no espaço. “É chato chegar num local tão importante, que é uma janela pro rio, e ver calçada quebrada e passarela interditada. Espero que arrumem aqui o mais rápido possível, porque o Ver-o-Rio é muito bonito”.
A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria de Urbanismo (Seurb), disse que há 19 dias iniciou as obras de manutenção e reparos no Complexo Turístico Ver-o-Rio, com investimentos de R$ 1,42 milhão. A Seurb explica que a quadra vai receber alambrado, por isso não há necessidade de isolamento.
A nota também afirma que os serviços têm prazo de conclusão de até quatro meses. Quanto à reclamação da possível falta de equipamentos, a Seurbinformou que vai verificar nesta terça-feira, 23, a situação junto à empresa Titan Engenharia, que presta o serviço, e tomar as medidas que forem necessárias.
A Seurb informa, ainda, que o Complexo Turístico Ver-o-Rio recebe serviços de recomposição das calçadas em pedra portuguesa e em concreto, e reforma das passarelas e pintura geral. O texto informa ainda que em julho de 2022, o Ver-o-Rio recebeu revitalização total pela gestão municipal.
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