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CULTURA

Feira do Livro oferta uma variada programação até o dia 25

Evento é realizado no Hangar, em Belém, e é um grande ponto de encontro de leitores e escritores, onde a literatura e a cultura se entrelaçam com as questões ambientais e sociais que permeiam a região amazônica

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Imagem ilustrativa da notícia Feira do Livro oferta uma variada programação até o dia 25 camera Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes teve início no sábado e homenageia a mestra de cultura popular Iracema Oliveira e o escritor Juraci Siqueira | Antônio Melo

A 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, teve início no sábado (17) e se estende até o dia 25, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. A feira oferece uma programação diversa, com entrada gratuita, das 9h às 21h. Abrindo o primeiro dia de evento, o tema “Vozes do Clima: A COP na Amazônia” foi o precursor de destaque dos temas que serão abordados ao longo dos nove dias de debates, e contou com um movimento grande por parte do público.

Um grande ponto de encontro de leitores e escritores, onde a literatura e a cultura se entrelaçam com as questões ambientais e sociais que permeiam a região amazônica, a feira está dividida em três grandes arenas: a Arena Multivozes, a Arena das Artes e a Arena Amazônia, cada uma com uma programação, que vai de rodas de conversa, atividades lúdicas a apresentações artísticas, respectivamente. O evento homenageia duas personalidades que simbolizam a pluralidade cultural da Amazônia: a mestra de cultura popular Iracema Oliveira e o escritor Juraci Siqueira.

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Durante a tarde do primeiro dia, “Vozes do Clima: A COP na Amazônia” trouxe um tema de relevância global. O pesquisador da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Aiala Colares, participou da roda de debates na Arena Multivozes e destacou a importância de trazer a questão climática para a feira, reverberando a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30.

“Abrir o evento falando da questão climática é muito importante para a Amazônia; é chamar, também, a responsabilidade da sociedade para a necessidade de debatê-lo, sobretudo num evento como esse que traz toda uma mobilidade de pessoas que vêm das escolas, das universidades e das periferias. É crucial fazer essa conexão entre cultura e clima”, destacou.

Os estandes oferecem oportunidades de aprendizado, interação e descoberta. O diretor de produção da Inteceleri, Dilmar Cunha, de 56 anos, levou para a feira o projeto Edutech Amazon, composto por ações como Matematicando, Miritiboard VR, Laboratório Maker e implantação da plataforma digital Google Workspace for Education.

“Inovamos a matemática de uma forma diferente e conseguimos ensinar as quatro operações básicas em apenas 60 dias, algo que antes levava três a quatro anos. Também desenvolvemos óculos de realidade virtual feitos de miriti e o GeoMeta, uma nova maneira de estudar geometria plana e espacial de forma mais fácil”, explica Dilmar, destacando a combinação de tradição e tecnologia nos produtos que a empresa desenvolve, como o uso de recursos locais como o miriti. “Participar da feira é como uma vitrine para nós que queremos destacar o que é o ‘papa-chibé”.

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Anderson Melo, 37, vendedor de um dos sebos presentes no evento, o Sebo da Galeria, ressaltou como a feira se tornou um ponto de encontro essencial para livreiros e entusiastas da leitura: “Aqui, temos a chance de nos conectar com um público diversificado, que vem à procura de obras raras e novas descobertas literárias. Esse interesse constante nos motiva a trazer o melhor do nosso acervo, fazendo da feira um espaço vibrante e cheio de troca de conhecimentos”.

Para Léia Palheta, 40, professora de educação infantil e visitante assídua da Feira do Livro, o evento é uma verdadeira festa para os amantes da leitura. “Venho todos os anos e sempre encontro algo novo. A feira é um espaço onde podemos encontrar livros que nem imaginamos, e também é uma forma de nos conectarmos com as discussões que são tão importantes para a nossa realidade”.

HOMENAGEADOS

Entre os homenageados desta edição está Juraci Siqueira, que tem 75 anos e é professor aposentado de Filosofia. Ele é autor paraense e figura emblemática da literatura amazônica. Nascido em Afuá, na Ilha do Marajó, o autor de “O Chapéu do Boto” construiu uma carreira literária sólida, com mais de 80 obras publicadas, sendo 31 delas parte do acervo da Biblioteca Pública Arthur Vianna.

A mestra de cultura popular Iracema Oliveira também é homenageada nesta edição da feira. Com 86 anos, Iracema é conhecida como a mais antiga guardiã de Pássaros Juninos do Pará, um dos mais importantes patrimônios culturais do estado. Sua vida é dedicada à preservação e promoção das tradições populares, que incluem o teatro popular, onde desde os sete anos, sob a influência de seu pai, Francisco Avelino de Oliveira, ela cantava, dançava e encenava.

“Me sinto feliz e honrado porque sei que estou representando toda uma coletividade de escritores e escritoras do meu estado”, declarou Juraci. “Sempre digo onde vou que os professores são nossos grandes responsáveis pelo nosso sucesso como escritores, porque eles compram o nosso livro e levam para a sala de aula. Então, são nossos grandes aliados. Eu sou professor e me sinto honrado de representar uma categoria”, expressa.

Durante a feira, o autor lança, ainda, uma reedição de sua obra “Juraci, o Canoeiro das Letras”, como parte do prêmio concedido pela Secretaria de Cultura (Secult). O relançamento da obra é uma oportunidade para o público revisitar a trajetória do poeta, ilustrado em três volumes – “O menino que ouvia estrelas e se sonhava canoeiro”, “Histórias do Tio Totó” e “Itaí, a carinha pintada”, com ilustrações de Matheus dos Santos Bento.

Já Iracema Oliveira é celebrada com o livro “Iracema voa: a mulher que traz a arte na alma”, de autoria de Ester Sá, com ilustrações de Lívia Guimarães.

SERVIÇO

PROGRAMAÇÃO DESTA SEGUNDA-FEIRA – VOZES DA DIVERSIDADE E DA INCLUSÃO

Na Arena Multivozes

9h30 – Papo Cabeça: Horta Hidropônica: Sabor, Sustentabilidade e Inclusão / Participação: Céli Denise Costa / Intervenção Artística: Alunos da Escola Estadual Cordeiro de Farias | Educação Especial

11h15 – Escrevivências e Sentidos da Inclusão / Tatiana Maia e Lourival Nascimento

14h – Programa Sem Censura TV Cultura

16h – Diário Azul: O Autismo no Cotidiano / Marcos Petry (SC) e Clara Azevedo (PA)

17h – Sarau na Feira - “Além do Arco-Íris: Themoniarau”

Associação Cultural de Themônias da Amazônia - ASCULTA: Brigitte Liberté, Gigi Híbrida Bolero, Shayra Brotero, Carimônias, Aurora Skyssime, Amoras Signoreth, Adhara Brotero, Ana Paula e Gabriela Luz (PA)

18h – Elos de Afeto Contra Grades do Preconceito / Joyce Cursino (PA) e Flores Astrais (PA) / Mediação: Matheus Botelho (PA)

19h – A Pluralidade da Palavra / Ikaro Kadoshi (SP) e Felipe Cruz (PA)

Na Arena Amazônia

20h – AQNO

Local: estacionamento do Hangar

Na Arena das Artes

Com 17 programações, em horários variados, começando e finalizando, respectivamente:

9h – Performance “Paka, Tatu, Cutia Não! Um Final Inesperado” - Emef. Parque Amazônia - Semec;

18h30 – Espetáculo de Teatro “A Menina que dá com a cara na parede” – Glaúcia Pinto

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