Moradores de Outeiro dizem que enfrentam perigo no trânsito de acesso ao distrito. Isso porque a estrada de Outeiro, que liga a entrada de Icoaraci ao centro da ilha, é uma via estreita de mão dupla com tráfego bastante pesado. Veículos grandes, carros de passeio, bicicletas e motocicletas dividem precariamente a pista sem sinalização adequada.
Na sexta-feira (23), um ciclista morreu atropelado na via de acesso ao distrito, no perímetro entre a rotatória e o Posto Policial da Polícia Militar de Outeiro. A vítima era Edjair Costa, de 47 anos, que residia em Icoaraci. O trabalhador teria se desequilibrado de bicicleta e tombado para a rua, sendo atingido por um caminhão. O acidente foi registrado por volta de 16h e segue sendo investigado pela 8ª Seccional de Icoaraci.
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“Aqui é muito perigoso, todo tempo tem acidente, já foram uns dois mais recentes só aqui perto. Outeiro é um distrito que tem muitas empresas grandes. O que acontece muito é que os carreteiros dão o sinal pra entrar nessas empresas e os ciclistas ou motoqueiros não olham ou tentam ultrapassar e acontece o acidente. Sem falar nos buracos. Já teve acidente em que o motoqueiro tentou desviar do buraco, pegou o outro lado da pista e um carro veio e bateu de frente. Foi fatal”, contou o comerciante Albino Bentes, 67.
Morador de Icoaraci, ele diz que não se arrisca a andar de bicicleta pela estrada por conta do tráfego pesado nos dois lados da via. “Aqui não tem um acostamento, não tem nada pra gente andar de bicicleta de forma segura. O pessoal quer ultrapassar, quer passar pro outro lado e não sinaliza, aí é acidente na certa. Quando a gente não vê, sempre ouvimos o comentário de acidente por essa estrada. O pessoal também passa em alta velocidade, só acalma mais perto da lombada”, disse Albino.
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A sinalização é precária. A falta de faixa contínua em certos trechos, de ciclofaixa, calçadas e até mesmo acostamento faz com que os condutores de veículos menores e pedestres tenham que se arriscar entre os veículos maiores que costumam trafegar de forma imprudente pela estrada. A situação induz o registro de diversas irregularidades. Além disso, mato e lixo tomam conta do entorno da estrada.
A via também não tem asfaltamento regular, tendo vários pequenos buracos pelo caminho. Mesmo em área residencial, a sinalização também deixa a desejar, com faixa contínua apenas próximo a ponte do distrito e ausência total de faixa de pedestres.
“Essa nossa estrada é muito cruel, esperamos que agora com as novas eleições deem um jeito nisso aqui porque temos que andar pelo meio da rua mesmo. Tenho muito medo de acidente. Nunca aconteceu comigo, mas eu já vi muitos”, relatou o garçom Paulo Roberto, 62, morador do distrito há 15 anos.
Lombadas
As lombadas são os únicos recursos que auxiliam os pedestres a atravessarem a pista. É durante a redução da velocidade dos veículos que eles aproveitam para atravessar. “Aqui é complicado. Quem é ciclista passa beirando a pista. Acontece muito acidente em todo lugar, principalmente nas curvas. Eu acho muito perigoso porque o movimento é bastante intenso tanto de um lado quanto do outro. Nossa sorte é que tem essas lombadas e a gente espera amenizar pra passar correndo. Mas a faixa de pedestre mesmo não tem”, conclui o autônomo Edilson Silva, 42.
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