A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, iniciada em 2012, impactou a vida de milhões de moradores e povos originários nos municípios localizados na bacia do rio Xingu, na região de Altamira, no sudoeste do Pará.
Mesmo depois de anos do início das obras da usina, considerada a maior hidrelétrica 100% nacional do Brasil, povos indígenas afetados pela construção seguem com reivindicações para que a empresa Norte Energia, responsável pela administração de Belo Monte, cumpra seus compromissos com as aldeias e populações afetadas.
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Nesta terça-feira (26), indígenas da etnia Kayapó ocuparam a sede da Norte Energia em Altamira. O motivo do protesto seria o abandono de projetos executados pela empresa e que são voltados à reparação dos danos provocados pela instalação da usina no rio Xingu às aldeias localizadas entre os municípios de São Félix do Xingu e Altamira.
Após uma reunião realizada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na manhã desta terça em Altamira, que contou com representantes dos Kayapós, Eletrobras, Norte Energia e Ministério Público Federal (MPF), não houve um entendimento para fechar um acordo e os indígenas decidiram ocupar o prédio até que suas reivindicações sejam atendidas.
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Eles cobram que a empresa siga financiando projetos de coleta sustentável de castanhas e cumaru e monitoramento dos territórios indígenas contra a invasão de garimpeiros, madeireiros, pescadores e caçadores nestas áreas.
Cerca de 70 indígenas ocupam o prédio da Norte Energia em Altamira, que fica localizado às margens da rodovia que dá acesso ao aeroporto da cidade e demais bairros na região. Eles chegaram a interditar a via totalmente.
Até o momento, a empresa Norte Energia não se posicionou sobre o ocorrido. O DOL entrou em contato com a companhia e aguarda retorno.
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