Algumas cidades paraenses estão enfrentando diversos impactos ambientais por conta da estiagem, o que tem resultado em problemas como falta de recursos naturais e queimadas.
A seca histórica que atinge o Pará desde 2023, prolongando-se ao longo de 2024, tornou-se um dos maiores desafios enfrentados pelo estado no combate à crise climática. Com chuvas abaixo da média, que aumentam os focos de queimadas, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) intensifica a atuação do seu Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico (NMH) para fortalecer a as ações climáticas do Estado.
Na sexta-feira (13), durante o Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática, realizado em Belém, a Semas destacou o papel do Núcleo como uma ferramenta essencial para subsidiar ações de combate aos incêndios florestais e para mitigar os impactos da estiagem.
“A População paraense sempre esteve mais preparada para enfrentar as cheias, pois estas seguem ciclos tradicionalmente previsíveis. Contudo, as secas prolongadas dos últimos dois anos desafiaram essa dinâmica, trazendo consequências graves, como a diminuição do nível dos rios, comprometendo o abastecimento de água e a qualidade do ar devido às queimadas”, afirmou Antônio Sousa, coordenador do Núcleo. Ele destacou que algumas regiões, como o Baixo Amazonas, registraram os menores volumes de água dos rios desde as décadas de 1960 e 1970.
O ano de 2024 caminha para se tornar um dos mais críticos que se tem registro, em redação aos desastres naturais.
A Semas, por meio do núcleo hidrometeorológico, realiza um acompanhamento contínuo das condições climáticas no Pará, produzindo dados cruciais para a atuação de órgãos como o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. As informações incluem previsões de chuvas, monitoramento do nível dos rios e a qualidade do ar, fundamentais para a redução de riscos e vulnerabilidades.
Segundo Sousa, “a gestão ambiental começa pelo monitoramento. É a partir de dados precisos que conseguimos planejar ações e implementar operações como a Curupira e a Amazônia Viva, focadas na redução de queimadas e na proteção ambiental.”
A seca prolongada de 2024, combinada com um volume de chuvas abaixo do normal, resultou em um cenário desafiador para a população amazônica, historicamente acostumada às cheias.
O governo do Pará tem intensificado os investimentos em equipamentos para monitoramento hidrológico e climático, ampliando a rede de estações que medem níveis de rios, precipitação, qualidade do ar e vazão. Esses dados alimentam políticas estaduais, como o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), que busca reduzir emissões de gases de efeito estufa e fomentar práticas sustentáveis.
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“Além disso, a operação Fênix, de combate às queimadas, e as operações Curupira e Amazônia Viva, de combate aos crimes ambientais, são integrados com a situação do monitoramento hidrometeorológico. Nós estamos apresentando, justamente, as ferramentas de monitoramento hidrometeorológico queimadas e qualidade do ar que a Semas dispõe para esse tipo de trabalho, para esse tipo de serviço, visando, justamente, a redução dos impactos junto à população desses eventos extremos”, afirma Antônio Sousa.
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Com o atraso das chuvas em 2024, a Semas reforça que a resposta a eventos extremos, como secas e queimadas, depende de uma combinação de planejamento estratégico, monitoramento contínuo e colaboração entre diferentes setores. “Estamos trabalhando para reduzir os impactos desses eventos junto à população, mas o combate às mudanças climáticas exige esforços de longo prazo e comprometimento em escala global”, concluiu Sousa.
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