Dados do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém (RMB), referência no cuidado de queimados e vítimas de traumas no Norte do Brasil, aponta aumento no número de atendimentos a pessoas envolvidas em acidentes de trânsito.
De janeiro a novembro deste ano, a unidade, que pertence à rede de saúde pública do Pará e é gerenciada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), atendeu 6.779 pacientes neste perfil. Um aumento de 26% se comparado ao mesmo período do ano passado. Entre as principais causas estão as colisões, seguidas pelos acidentes com motos e atropelamentos.
“Um único acidente pode ocasionar traumas graves para diversas pessoas, considerando que um único carro pode transportar até cinco pessoas. Importante mencionar a necessidade do uso de capacete para motociclistas, isso, em hipótese alguma, pode ser negligenciado”, comenta o médico e diretor técnico do Hospital Metropolitano, Augusto Passanezi.
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O perfil dos pacientes internados em decorrência de acidentes de trânsito é prioritariamente formado por homens jovens, entre 20 e 39 anos. “Esse período é o que marca a fase produtiva da vida e, em muitos casos, essas pessoas são responsáveis pelo sustento da família e o tempo dedicado ao tratamento pode comprometer isso”, pontua o médico.
No Brasil
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em dados divulgados 2023, a taxa de mortalidade no trânsito brasileiro aumentou 2,3%, com mais de 390 mil óbitos em acidentes com meios de transporte terrestres. As mortes de motociclistas dobraram na última década, representando 30% dos casos fatais registrados em 2023.
Entre os principais fatores que contribuem para esses acidentes, o estudo aponta imprudência, excesso de velocidade e uso de álcool. “Observar e respeitar as regras de trânsito, tanto motoristas quanto motociclistas, para evitar acidentes que podem ser graves, gerar atendimento e internações prolongadas, é de suma importância. A prudência, aliada ao respeito com a vida, faz total diferença”, afirma o médico.
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Prevenção
Com a chegada das festas de final de ano, período que registra maior fluxo de pessoas e veículos nas vias, o Metropolitano alerta para a necessidade da prevenção.
Neste contexto, à frente do esforço para coibir infrações por imprudência, o Governo do Pará, por meio do Departamento de Trânsito do Estado (Detran), tem reforçado campanhas educativas e ações de fiscalização para conscientizar os motoristas sobre os perigos de práticas irregulares.
De acordo com levantamento realizado, em 2023 o Pará registrou 1.947 infrações a condutores flagrados falando ao celular enquanto dirigiam, em 2022 foram 3.621 autuações e, até o mês de setembro de 2024, foram contabilizadas 1.201 multas, o que indica queda em relação ao ano anterior.
Estrutura - Pertencente à rede de saúde pública do Pará e gerenciado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), o Hospital Metropolitano é referência no tratamento de média e alta complexidade, em traumas e queimados, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A unidade dispõe de 213 leitos operacionais nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria, cirurgia plástica exclusiva para pacientes vítimas de queimaduras e leitos de UTI.
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