No último domingo (26), a Comissão da Defesa Civil de Belém (Comdec) realizou a remoção de uma colmeia no quintal de uma residência, localizada no bairro do Marco. A ação foi realizada de forma segura e contou com a participação de apicultores e uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Uma visita técnica foi feita no local, momento em que foram avaliados fatores como a localização da colmeia, os acessos disponíveis, o entorno e possíveis riscos. Durante o procedimento, não foi necessário acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“Não lidamos apenas com abelhas. Lidamos com a segurança da população, com logística e com a garantia de proteção para todos, inclusive para os insetos", explicou o presidente da Defesa Civil, Claudionor Corrêa, enfatizando que “cada situação é única e exige atenção aos detalhes”.
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Samuel Alves, técnico florestal e agropecuário e apicultor responsável pela remoção, destacou a importância da escolha do horário para o sucesso da operação.
“Realizamos o trabalho às 18h, quando todas as abelhas estão recolhidas na colmeia. Isso facilita a retirada e elimina o risco de deixar abelhas para trás, garantindo a segurança dos moradores e das próprias abelhas”, explicou.
O transporte das abelhas foi realizado em caixas específicas. A colmeia foi realocada para um apiário seguro.
“Removemos a colmeia parte por parte até localizar a rainha, que é colocada dentro da caixa. As abelhas só entram na caixa se a rainha estiver lá. É um trabalho perigoso, que exige preparo”, completou o apicultor.
Protocolo garante operações eficientes
Embora não exista uma legislação específica em nível municipal, estadual ou federal que defina responsabilidades sobre esse tipo de operação, a Defesa Civil de Belém segue um protocolo que tem garantido a eficiência das remoções. Segundo Claudionor Corrêa, o objetivo é que esses procedimentos sirvam como base para futuras regulamentações.
“Já enfrentamos situações como colmeias em árvores altas, que exigiam equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos, como cintos de segurança. E também em áreas próximas a redes elétricas. Também houve casos que demandaram o uso de maquinário, como o carro Sky, com um braço mecânico que facilita o acesso. Cada situação é um desafio único”, disse Claudionor Corrêa.
“O nosso foco é formalizar e padronizar essas ações, fortalecendo a parceria entre a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), Sesma (Secretaria Municipal de Saúde) e outros órgãos. Isso garante uma resposta cada vez mais eficiente para a população, sem comprometer a preservação ambiental”, explicou o presidente.
Como a população deve proceder
A Defesa Civil orienta os moradores a não tentar remover ou manusear colmeias ou enxames por conta própria, por conta do risco de acidentes ou ataques. Ao identificar colmeias ou enxames em áreas urbanas, o morador deve acionar o Centro Integrado de Operações (Ciop), pelo número 190; o Corpo de Bombeiros, pelo 193; e, em caso de ataques, o Samu, que atende no 192.
Veja o vídeo da remoção da colmeia no bairro do Marco:
- A remoção da colmeia inicia-se com o uso de fumigadores, utilizados para acalmar as abelhas e facilitar sua manipulação. Em seguida, os favos são cuidadosamente retirados e organizados em caixas de transporte, mantendo a mesma estrutura original da colmeia. Posteriormente, essa estrutura será remontada, respeitando a disposição inicial.
- A remoção dos favos tem como objetivo principal localizar a abelha rainha. Assim que o favo onde a rainha se encontra é identificado, ele é colocado dentro da caixa de transporte. Dessa forma, as abelhas operárias seguem a rainha e entram no mesmo recipiente.
- Após a remoção, as abelhas são levadas para apiários, onde poderão continuar seu ciclo de vida em segurança.
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