![O objetivo é oferecer uma alimentação mais saudável aos alunos, com cardápios mais equilibrados. Imagem ilustrativa da notícia Redução de processados na merenda escolar traz benefícios](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/890000/760x430/imagemotimizada-99_00893836_0_-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F890000%2Fimagemotimizada-99_00893836_0_.jpg%3Fxid%3D3004631&xid=3004631)
Um passo importante para a alimentação dos estudantes foi dado. O Governo Federal reduziu de 20% para 15% o limite de alimentos processados e ultraprocessados no cardápio das escolas públicas em 2025. O objetivo é oferecer uma alimentação mais saudável aos alunos, com cardápios mais equilibrados. O anúncio foi realizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última terça-feira (4), durante a abertura da 6ª edição do Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), em Brasília.
Os números chamam a atenção: a iniciativa impacta 40 milhões de alunos em quase 150 mil escolas públicas em todo o país, que fornecem aproximadamente 10 bilhões de refeições por ano. Em 2024, o orçamento do Pnae foi de R$ 5,3 bilhões, com pelo menos 30% dos alimentos adquiridos da agricultura familiar. A mudança será feita por uma alteração na Resolução nº 6/2020, que estabelece diretrizes do Pnae. A medida também regulamenta a aquisição de gêneros alimentícios com recursos do Pnae via agricultura familiar, com prioridade para assentamentos de reforma agrária, comunidades indígenas e quilombolas e grupos formais e informais de mulheres.
O nutricionista clínico Fernando Leite explica que alimentos ultraprocessados são ricos em açúcares, gorduras de baixa qualidade, sódio, e conservantes aditivos, impactando negativamente na saúde dos adolescentes e crianças. O problema, conforme o especialista, é que estes alimentos possuem alta palatabilidade. Ou seja, alimentos que têm uma alta aceitação para o paladar, em especial das crianças.
“Quando a gente imagina o consumo excessivo desse tipo de alimentos, a gente associa este consumo a problemas como obesidade infantil, hipertensão, diabetes, baixo desempenho escolar, e não somente na infância, a gente está pensando no futuro, com doenças silenciosas que vão aparecer”.
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Fernando Leite afirma que a redução destes alimentos ultraprocessados nos cardápios escolares vai trazer benefícios a curto e longo prazos. A curto prazo, melhor disposição; a longo prazo, formação de hábitos alimentares mais saudáveis, sendo fundamental que crianças e adolescentes tenham uma alimentação mais natural. “Quando a gente imagina alimentos frescos e naturais, a gente vai garantir maior oferta de nutrientes, de vitaminas e minerais que vão ajudar no desenvolvimento físico nessa fase de crescimento de crianças e adolescentes e também uma melhora na resposta imunológica”.
Logo, o papel do nutricionista para a formação e criação de cardápios escolares é fundamental para garantir que as refeições atendam às necessidades nutricionais de cada faixa etária, pois crianças e adolescentes têm características nutricionais diferentes. “Você vai ter muito mais alimentos construtores (ricos em proteína) na primeira infância, aí depois você vai ter alimentos muito mais reguladores (alimentos que regulam e controlam funções do organismo), uma oferta maior por conta das concentrações hormonais. Então, dependendo de cada fase, você acaba tendo também uma diferenciação nessa alimentação”, explica Fernando sobre a importância do profissional nutricionista na elaboração dos cardápios escolares.
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