
As calçadas e canteiros da avenida Independência, em Ananindeua, se transformaram em verdadeiros depósitos de lixo. O problema, que se estende por diversos trechos da via, atrapalha a mobilidade de pedestres, compromete diretamente a qualidade de vida dos moradores. Em pontos como a esquina com a passagem São Paulo, no bairro Coqueiro, a quantidade de entulho já avançou por toda a calçada, e por vezes toma conta da própria via, dificultando a circulação.
Dentre os resíduos, estão sofá, colchão, tijolos e telhas, além do lixo doméstico. No canteiro central, logo a frente, até vaso sanitário é encontrado. O lixo acumulado atrai insetos e roedores, tornando o ambiente insalubre.
Dengue
Adelina Trindade, de 64 anos, cuidadora de idosos, vive na região há mais de três décadas e afirma que a situação só piora, inclusive à frente, onde mora, na rua José Bonifácio. “É horrível. É mosca no quintal de casa, e até rato. O meu neto pegou dengue, não pode ir trabalhar, tudo por causa da água acumulada desses lixos. Não posso nem dizer que é água, é uma lama”, comenta.
De acordo com ela, a coleta deveria ocorrer três vezes por semana – segunda, quarta e sexta-feira – mas a irregularidade no serviço tem agravado o problema. “Semana retrasada passaram, mas agora já não vieram mais. Dizem que é porque não pagaram os funcionários”, diz.
O autônomo Cláudio Silva, 32, trabalha com reciclagem e passa frequentemente pelos pontos críticos da avenida. Ele confirma que o acúmulo de lixo na região já atingiu proporções preocupantes. “A gente vê de tudo aqui, até bicho morto. O lixo doméstico é o que mais tem, porque a coleta demora e acaba acumulando. Várias vezes o lixo chegou a invadir a rua”, relata.
A limpeza do local, quando ocorre, muitas vezes não é realizada pelo poder público, mas sim por iniciativas particulares. “O prefeito precisa pagar os funcionários direitinho para o serviço funcionar. Tem gente que às vezes paga uma máquina para tirar isso daqui, mas a gente paga os impostos e tem o direito de viver em um lugar limpo”, enfatiza Adelina.
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Ao longo da avenida, outro ponto que mantém esse cenário é o canteiro que fica entre a passagem Liberdade e a rua Doutor Regis, no bairro Icuí-Guajará, com entulhos grandes, assim como próximo a uma rede de abastecimento de água, no bairro Maguari, a cena se repete, tornando ali um ponto crônico, uma espécie de lixão.
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