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Denunciar é essencial no combate à violência contra a mulher

Segundo a Polícia Civil, sinais de agressão física, ameaças, controle excessivo, isolamento social, agressividade verbal e histórico de violência são indícios que devem ser levados a sério. Ou seja, devem ser denunciados.

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Imagem ilustrativa da notícia Denunciar é essencial no combate à violência contra a mulher camera No Pará, os registros de crimes contra a mulher têm caído, mas é preciso se manter sempre alerta | (Talison Lima/PCPA)

Há três semanas o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), confirmou redução de 12,28% nos registros de feminicídio em 2024 na comparação com 2023, e ainda que quase 60% (85) dos municípios paraenses apresentaram queda ou nenhum registro do crime. Em paralelo, o Estado computou uma diminuição no número de crimes de lesão corporal no âmbito da violência doméstica, apresentando uma queda de 9,79%, no mesmo período.


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O ideal é que qualquer situação suspeita seja comunicada imediatamente às autoridades, garantindo que a vítima receba o suporte necessário antes que o pior aconteça

Gabriela Andrade, Diretora da Delegacia de Feminicídio
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Apesar de os dados mostrarem o resultado positivo e contínuo das ações de conscientização, no acolhimento às vítimas e na resolutividade dos casos por meio de ações e medidas desenvolvidas para proteção às mulheres, o alerta constante que vem da própria Polícia Civil do Estado do Pará (PC-PA) é que sinais de agressão física, ameaças, controle excessivo, isolamento social, agressividade verbal e histórico de violência são indícios que devem ser levados a sério. Ou seja, devem ser denunciados.

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“Comentários do agressor sobre ‘matar’ ou ‘vingar-se’ também são alertas importantes. O ideal é que qualquer situação suspeita seja comunicada imediatamente às autoridades, garantindo que a vítima receba o suporte necessário antes que o pior aconteça”, orienta a diretora da Delegacia de Feminicídio, Gabriela Andrade.

A autoridade policial explica que a redução dos índices de feminicídio no Estado do Pará é resultado de um conjunto de estratégias adotadas pela Polícia Civil e demais órgãos de segurança. Dentre eles, destacam-se o fortalecimento da Delegacia de Feminicídios, o aumento da fiscalização de medidas protetivas, a ampliação das delegacias especializadas no atendimento à mulher e a capacitação contínua dos agentes para lidar com casos de violência de gênero. Além disso, campanhas educativas e parcerias com a rede de acolhimento têm sido essenciais para a prevenção e repressão desse crime.

“Os números foram positivos e refletem o impacto das políticas de combate ao feminicídio. A redução já era esperada diante do trabalho intensificado da Delegacia de Feminicídio, mas seguimos vigilantes para garantir que essa queda seja mantida e aprofundada. Os dados reforçam a eficiência das medidas adotadas, mas também indicam que há espaço para aprimoramentos”, detalha. “O foco agora é ampliar as ações de repressão e prevenção, fortalecer a fiscalização de medidas protetivas e aprimorar as parcerias com órgãos da rede de proteção à mulher”, antecipa a delegada.

De acordo com Gabriela Andrade, as análises criminais da PC-PA apontam que algumas regiões do estado apresentam incidência de crimes contra mulheres proporcionalmente mais alta em relação ao número de habitantes, especialmente em áreas mais afastadas, onde o acesso à rede de proteção pode ser mais desafiador. Isso tem direcionado a atuação estratégica da Polícia Civil, com reforço nas ações de prevenção e repressão, além do incentivo às denúncias.

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“A principal dificuldade ainda é o temor da vítima em denunciar a violência. Muitas mulheres hesitam por medo do agressor, dependência financeira ou falta de apoio familiar. A cultura do silenciamento e a naturalização da violência doméstica também são desafios significativos. Nesse sentido, buscamos incentivar as denúncias, garantindo acolhimento e segurança às vítimas”, estimula a diretora da Delegacia de Feminicídio da PC-PA.

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