
A Ilha do Combu, localizada na área insular de Belém, passa a contar com um novo sistema de captação de água da chuva para consumo humano. A iniciativa, parte do Programa Regulariza Pará, busca ampliar o acesso à água potável para escolas, unidades de saúde e empreendimentos comunitários da região.
Implantação do sistema
O projeto prevê a instalação de dez sistemas de captação, incluindo equipamentos públicos, quatro escolas municipais e uma unidade básica de saúde. A implementação ocorrerá em duas fases: metade dos sistemas será instalada até o final do primeiro semestre e o restante até outubro. O sistema foi desenvolvido por uma universidade pública e possui tecnologia autônoma, com tratamento da água e distribuição segura para consumo.
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Benefícios para a comunidade
Além das instituições públicas, coletivos locais, como a Associação de Mulheres Extrativistas (AME) e a Ygara Artesanal, também serão beneficiados. Essas organizações atuam na bioeconomia e no turismo sustentável, utilizando recursos naturais como açaí e andiroba. A empreendedora Izete Santos Costa, proprietária da empresa "Filha do Combu", destacou a importância da iniciativa para a melhoria das condições de trabalho e higiene no atendimento aos clientes.
Parcerias e sustentabilidade
A implementação do projeto envolve parcerias entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Prefeitura de Belém, Universidade Federal do Pará (UFPA), Pluvi Soluções Ambientais e a empresa New Fortress, que fornece apoio financeiro. O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) também participa da iniciativa, considerando que a Ilha do Combu é uma Unidade de Conservação sob sua gestão.
Moradores como Iracema Nascimento, vice-presidente da AME, ressaltam a importância do sistema para garantir água potável às famílias locais, reduzindo a vulnerabilidade hídrica da comunidade.
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Licenciamento ambiental e impacto climático
O projeto está alinhado à Política Estadual sobre Mudanças Climáticas (Lei n° 9.048/2020) e às diretrizes ESG (ambiental, social e governança), que integram medidas de mitigação de impactos ambientais. O licenciamento estadual exige ações para reduzir a pegada de carbono, conservação da biodiversidade e incentivo à economia circular.
Além da Ilha do Combu, projetos experimentais similares estão sendo implementados em outros municípios para ampliar o acesso à água potável e fortalecer o desenvolvimento sustentável.
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