
Ocorre hoje, 10, mais uma plenária do Conselho Municipal de Transportes de Belém. A Prefeitura de Belém, após cobrança judicial de um acordo firmado pela antiga gestão municipal com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém, convocou a reunião para tentar reverter o acerto assinado entre a Setransbel e o ex-prefeito Edmilson Rodrigues.
Atualmente, há duas propostas na mesa: uma do sindicato patronal, que prevê reajuste de 46,25% – com a passagem a R$ 5,85 – e outra da Secretaria de Segurança e Mobilidade de Belém (Segbel), propondo aumento de 40%, com tarifa a R$ 5,60. Independentemente do que for decidido no Conselho de Transporte, a decisão final sobre o aumento ou não da passagem caberá ao prefeito Igor Normando.
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O Dieese Pará, um dos 18 membros do Conselho, divulgou ontem (09) um estudo sobre o possível reajuste. Segundo a entidade, os R$ 4 cobrados atualmente no transporte público da capital representam um impacto de 12% no salário mínimo (R$ 1.512).
A proposta da Setransbel elevaria esse impacto para 18,50% do salário, com gasto de R$ 11,70 por dia (ida e volta); R$ 70,20 por semana; e R$ 280,80 por mês. Já a proposta da Segbel comprometeria 17,70% do salário mínimo com transporte: R$ 11,20 por dia; R$ 67,20 por semana; e R$ 268,80 por mês. O estudo considera apenas o valor integral, sem meia-passagem.
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Reclamações
Nas paradas, a população reprovou a ideia de aumento. “Se tivesse uma boa condição de ônibus, seria até acessível, mas os ônibus muito sucateados, a demora é muita, então não vale a pena, principalmente. Se ele não acontecer, é melhor”, opina Márcia Brito, 44 anos, gerente de loja.
Luís Pamplona, 60, técnico de áudio, diz que o estado dos coletivos não justifica um aumento. “Eles tão querendo falar de 5,85. Não tem que aumentar nada, o preço que está atualmente já é muito. Saio cinco horas da manhã, ele vem cheio e volta às 18 horas, continua cheio. Sempre apertado e numa época de tempo chuvoso, piorou ainda, porque o pessoal fecha, fica aquele abafado, é horrível”, reclama.
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