
A Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE/DIOE), deflagrou, na manhã desta terça-feira (06) a operação “Intolerância”. A ação buscou cumprir mandados de prisão preventiva contra investigados por envolvimento nos crimes de tumulto desportivo e roubo qualificado, no dia 22 de fevereiro, o sábado que antecedeu o primeiro clássico Remo X Paysandu, deste ano.
O delegado Marcos André Araújo, diretor da DPTGE, unidade vinculada à Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE), destacou que a investigação iniciou para identificar a vítima.
“Como não havia registro de boletim de ocorrência sobre o crime, nós iniciamos as diligências para localizar o trabalhador que foi agredido e teve seus pertences roubados. Tivemos acesso ao vídeo que circulava nas redes sociais mostrando a agressão e conseguimos encontrar a vítima, e ela veio à delegacia para prestar depoimento. O vídeo também nos possibilitou identificar os envolvidos e os veículos presentes na cena do crime. É importante ressaltar que o agredido não faz parte de nenhuma torcida organizada e apenas trajava a camisa que recebeu de presente de um amigo”.
Entenda o caso
O crime ocorreu no sábado, dia 22 de fevereiro de 2025, véspera do primeiro clássico RExPA do ano. A vítima retornava do trabalho pela Avenida Júlio César, em Belém, quando foi abordada por vários homens que fazem parte de uma torcida organizada do Paysandu Sport Clube. Por usar uma camisa da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), o trabalhador foi brutalmente agredido.
O trabalhador foi surpreendido, derrubado ao solo, agredido com violência até desmaiar e, em seguida, arrastado pela via pública. Durante a ação criminosa, os investigados subtraíram a camisa, um aparelho celular e a quantia de R$ 300, conforme relatado pela vítima.

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“No curso das investigações, o aparelho celular da vítima foi encontrado em posse de um sujeito, que responderá pelo crime de receptação. Devolver o aparelho à vítima foi um dos momentos mais significativos da operação. Foi satisfatório ver a expressão de gratidão estampada nos olhos da vítima no instante em que recebeu de volta seu patrimônio, fruto de seu esforço diário. Isso reforça o compromisso da PCPA não apenas com a repressão qualificada ao crime, mas também com a reparação concreta aos danos sofridos pelas vítimas”, finalizou o diretor da DPTGE.
Três dos autores foram identificados, tiveram suas prisões preventivas efetuadas e estão à disposição da Justiça. As investigações continuam em curso para a completa identificação de todos os envolvidos no ato criminoso e a Polícia Civil reafirma seu compromisso com a repressão à violência associada ao futebol, bem como à proteção dos cidadãos que desejam exercer seu direito de ir e vir com segurança.
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