
Um indígena identificado como Mateus foi resgatado com vida após ficar soterrado até o pescoço em uma fossa na noite da última sexta-feira (23), no bairro Nova República, em Santarém, oeste do Pará.
Segundo o Corpo de Bombeiro, a vítima escavava o terreno nos fundos da casa da mãe quando o solo arenoso cedeu. O resgate durou mais de três horas e foi classificado como de alto risco.
De acordo com o 4º Grupamento de Bombeiros Militar (4º GBM), o acidente ocorreu próximo a um banheiro, onde Mateus cavava sozinho. Parte da estrutura de uma casa vizinha, localizada em nível mais alto, também desmoronou com o deslizamento de terra e contribuiu para a situação.
“Ele ficou soterrado até o pescoço. Vizinhos conseguiram liberar o tórax dele antes da nossa chegada, o que foi essencial para garantir a respiração dele. A partir daí, iniciamos um resgate delicado”, disse o sargento Vanderley Rego, que participou da operação.
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Para evitar novos deslizamentos, os bombeiros escoraram as laterais da escavação com tábuas e utilizaram um tonel cortado ao meio para proteger o corpo da vítima durante a retirada da terra. O trabalho foi realizado com uso de draga e ferramentas manuais.
A perna esquerda de Mateus estava presa entre pedras e tijolos, enquanto a direita já estava parcialmente livre. A vítima colaborou com a equipe, utilizando as ferramentas repassadas pelos bombeiros.
Durante o resgate, familiares de Mateus se exaltaram, preocupados com a duração da operação. "Precisávamos conter os ânimos. A família estava nervosa, mas compreendeu quando explicamos que um movimento errado poderia ser fatal. Nosso objetivo era salvá-lo com vida e segurança, e conseguimos”, afirmou o sargento Vanderley Rego.
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Mateus não apresentava fraturas ou ferimentos graves. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ele recusou o encaminhamento ao hospital. Os bombeiros orientaram a família a procurar atendimento médico caso ele apresentasse sintomas nas horas seguintes.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o resgate foi concluído após três horas e vinte minutos. A operação foi considerada técnica e de alto risco devido à instabilidade do solo e à proximidade de estruturas residenciais.
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