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MOBILIDADE URBANA 🚲

Hoje é o Dia da Bicicleta: qual a sua relação com a 'magrela'?

Mais que um meio de transporte, as bicicletas ainda garantem saúde para quem pedala e têm um impacto ambiental enorme. Belém tem uma considerável rede de ciclovias e ciclofaixas para os usuários

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Imagem ilustrativa da notícia Hoje é o Dia da Bicicleta: qual a sua relação com a 'magrela'? camera Na capital, as bikes têm diversas utilidades, do simples transporte ao lazer e também para o trabalho | ( Ricardo Amanajás)

Nesta terça-feira, dia 3 de maio, comemora-se o Dia Mundial da Bicicleta. A data, criada em 2018 pela ONU, visa conscientizar a população mundial sobre a importância do aumento do uso da bike como meio de transporte e de lazer. O órgão aponta que o ato de andar de bicicleta gera um grande impacto social, econômico e ambiental nas comunidades e o incentivo ao ciclismo alinha as cidades e países aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), também instituídos pela ONU, em 2015, e que visam a descarbonização do planeta por meio da promoção de práticas mais ecológicas em corporações, governos e sociedade civil.

Em Belém, as bicicletas são protagonistas da cena urbana. O uso é muito grande e variado. “O nosso filho ganhou a bicicleta. Aqui é um lugar mais aberto, melhor pra ele andar, né? Então a gente veio mais por conta dele”, conta Sirleyne Araújo, 35, vendedora, que aproveitou o Portal da Amazônia, de bike, com o filho Pietro e o marido Fábio. “A dele [do filho] estava bastante velhinha já e ele queria outra. E isso incentiva a criança sair pra rua, né? Sair das telas, do celular. Porque se a gente deixar isso, ele fica trancado no quarto do celular, né? E com a bicicleta ele vai pra rua, brinca, chama os coleguinhas, interaje”, acrescenta.

Sirleyne conta que mora na Cremação, trabalha no Reduto e todos os dias vai de bicicleta para o emprego. “Tem um impacto na saúde, na qualidade de vida, sim. E me economiza tempo, porque se fosse de ônibus demoraria muito mais”, explica.

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Em Belém, as bicicletas são protagonistas da cena urbana
📷 Em Belém, as bicicletas são protagonistas da cena urbana |( Ricardo Amanajás)

RESPEITO

A babá Vanessa Lacerda, 30, foi aproveitar a noite com o marido Edivan de bicicleta no Portal e também a usa como meio de transporte para trabalhar. “Na minha opinião, precisa mais um pouco só de respeito com as pessoas que têm bicicleta porque tem pessoas que passam de ônibus, de carro e que não têm o respeito com o outro ciclista, não têm respeito com as pessoas que estão a pé”, reclama. Ela também aponta a necessidade de mais ciclofaixas na cidade e fiscalização contra motoristas que usam as faixas exclusivas para estacionar ou transitar.

Cícero Costa, 21, trabalha com a entrega de alimentos por aplicativo utilizando a bicicleta. Além do trabalho, Cícero também utiliza o veículo para locomoção em geral. Porém, ressalta que se sente seguro mais nas ciclovias. “Quando não há ciclovia ou ciclofaixa, a gente divide espaço com ônibus ou caminhão, o que é um risco pra gente”, diz sobre a rotina de ciclista.

O vigilante Ivanildo Ribeiro, 38, também utiliza a bicicleta para várias finalidades, como ir ao trabalho, voltar para casa e outros deslocamentos pela capital paraense. Assim como o Cícero, o Ivanildo se sente mais protegido quando o percurso tem ciclovia ou ciclofaixas pelo caminho. “Mas em outros locais que não possuem estes espaços para nós ciclistas é mais difícil”, comenta. “Tem carro que avança na ciclofaixa e não respeita o ciclista. Falta mais educação dos motoristas de carro e de moto”, conclui. (Com informações do repórter Rafael Rocha).

E mais...

Convênio

  • A Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Belém (Segbel), informou ao Diário que houve um aumento significativo nas autuações de infrações contra ciclovias e ciclofaixas neste ano. De acordo com o órgão, em todo o ano de 2024 foram registradas 3.433 infrações por “transitar com veículo em ciclovia e ciclofaixas”.
  • Neste ano, de janeiro a maio, já foram multados 2.543 condutores que cometeram o mesmo ilícito, quase 75% do valor total de multas do mesmo segmento registradas no ano passado. A Segbel também informou que Belém atualmente tem 164 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas e o órgão recentemente firmou um convênio de R$ 50 milhões para revitalização de sinalização horizontal e vertical da capital, o que inclui também melhorias e o aumento da malha cicloviária.

Infrações de quem desrespeita o espaço dos ciclistas

  • Além das ações de infraestrutura, a Segbel ressalta também que atua na fiscalização para coibir o uso indevido das faixas exclusivas para ciclistas, promovendo uma convivência mais harmoniosa nas vias públicas e garantindo o cumprimento das normas de circulação, especialmente em áreas de uso compartilhado.
  • 2024

3.433 infrações por transitar com veículo em ciclovia e ciclofaixas.

467 infrações por estacionar na ciclovia ou ciclofaixa.

  • 2025 - janeiro a maio

2.543 infrações por transitar com veículo em ciclofaixa ou ciclovia.

57 infrações por estacionar na ciclovia ou ciclofaixa.

Fonte: Segbel

Leonardo Grala, do coletivo ParáCiclo, pontua que Belém é uma das cidades que mais utiliza bicicleta no país
📷 Leonardo Grala, do coletivo ParáCiclo, pontua que Belém é uma das cidades que mais utiliza bicicleta no país |Divulgação

Governador sancionou lei que institui a política de incentivo ao uso de bicicletas no Pará

O governador do Pará, Helder Barbalho, sancionou no início de maio último a lei ordinária nº 10.966/2025 que institui a política de incentivo ao uso da bicicleta no Estado. A medida tem como principal objetivo ampliar e diversificar os meios de circulação nos espaços públicos, promovendo a mobilidade urbana sustentável.

De acordo com a lei estatuída pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a nova política visa estimular o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo, promover campanhas educativas voltadas para o uso da bicicleta, estimular a implementação de projetos e obras de infraestrutura cicloviária e incentivar o associativismo entre ciclistas. A lei já está em vigor.

O mestre em planejamento do desenvolvimento Leonard Grala, 42, integrante do Coletivo ParáCiclo, pontua que a capital paraense é uma das cidades que mais utiliza a bicicleta no País, com base em estudos internos do coletivo. Conforme ressalta o cicloativista, o trânsito na capital paraense é bem denso, o que requer maior atenção para ciclistas que precisam circular pela cidade e promover a ciclomobilidade.

“O ciclismo tem caráter de sustentabilidade”, ressalta Grala, aproveitando as discussões que estão em efervescência por conta da COP 30 em Belém. “Em um raio de cinco quilômetros, a bicicleta é mais eficiente quando levamos em conta o tempo de deslocamento e a energia gasta. Tem gente que vai na padaria perto de casa e utiliza o carro, um deslocamento que poderia ser feito com a bicicleta”, frisa.

“Nós, enquanto sociedade civil, fazemos o que podemos, como abrir diálogo com a população para conversar e ouvir as pessoas sobre o assunto”, explica. Para ele, os governos precisam fazer diagnósticos e definir metas e indicadores para melhor realizar a ciclomobilidade na cidade da COP 30. “É promover de fato ações estruturais de médio e longo prazo para que as pessoas tenham mais segurança e que outras pessoas passem a utilizar a bicicleta na rotina.”

REDE

De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Belém (Segbel), atualmente a capital tem 164 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, estruturas exclusivas para o trânsito de bicicletas, distribuídas em diversos bairros.

Elas possuem diferenças importantes. Ciclovias são vias separadas fisicamente do tráfego de veículos, proporcionando maior segurança aos ciclistas. Já as ciclofaixas são demarcações feitas nas ruas para indicar o espaço destinado às bicicletas, geralmente sem barreiras físicas de proteção.

De acordo com o último Ranking de Ciclovias e Ciclofaixas nas capitais brasileiras, atualizado em julho de 2024 pela Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), Belém marcava o sexto lugar entre as capitais com a maior rede de ciclovias e ciclofaixas, com 150,58 quilômetros. A capital paraense ficou atrás de São Paulo (710,9 quilômetros), Distrito Federal (551,51), Fortaleza (443,1), Rio de Janeiro (316,56) e Salvador (308,59).

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