
Após dias de expectativa e medidas preventivas rigorosas, o Museu Paraense Emílio Goeldi recebeu, nesta segunda-feira (16), a confirmação de que a ave mutum-cavalo que morreu na semana passada não foi vítima da gripe aviária. O diagnóstico laboratorial, feito pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), descartou a presença do vírus H5N1 e atribuiu o óbito a um quadro de broncopneumonia aguda.
A ave, uma fêmea da espécie Pauxi tuberosa, vivia há quase 30 anos no Parque Zoobotânico e era uma das moradoras mais antigas do local. A suspeita inicial de infecção por gripe aviária levou ao fechamento temporário do parque e à realização de exames em outras aves que conviviam no mesmo viveiro, todas testaram negativo para o vírus.
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Com o risco sanitário afastado, o Museu Goeldi anunciou que a visitação pública será retomada a partir desta quarta-feira (18), a partir das 9h, seguindo o horário habitual de funcionamento: de quarta a domingo, das 9h às 16h (com bilheteria até as 15h).
Apesar da boa notícia, a instituição reforça que seguirá cumprindo os protocolos previstos pelo decreto estadual que declara emergência zoossanitária no Pará. Entre as medidas, está mantida a suspensão do recebimento de novos animais silvestres, tanto aves quanto mamíferos.
Um símbolo amazônico
O mutum-cavalo é uma ave típica da Amazônia meridional e pode ser encontrada em áreas do Brasil, Peru, Bolívia e Colômbia. Com porte imponente, chega a medir quase 90 cm e pesar até 3,8 kg, a espécie chama atenção pela plumagem negra, ventre castanho-avermelhado e bico vermelho com uma saliência característica.
Considerada de "menor preocupação" em relação à extinção, a ave alimenta-se principalmente de frutos e pequenos animais capturados no chão da floresta, onde passa a maior parte do tempo.
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A perda do exemplar no Museu Goeldi foi lamentada por servidores e visitantes que acompanham a trajetória da ave há décadas, mas a confirmação de que o vírus da gripe aviária está fora do Parque Zoobotânico traz alívio e permite que o espaço volte a receber o público com segurança.
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