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Descubra os sítios arqueológicos do Pará e suas histórias

Viagem ao passado: Sítios Arqueológicos do Pará revelam segredos de Povos com mais de 12 mil anos

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Imagem ilustrativa da notícia Descubra os sítios arqueológicos do Pará e suas histórias camera Acervos naturais revelam segredos de povos com mais de 12 mil anos no Pará | Foto: Governo do Pará

Testemunhos da história de povos que viveram sobre os territórios milhares de anos atrás, os sítios arqueológicos promovem um verdadeiro encontro com os resquícios que falam sobre as formas de vida dos primeiros habitantes de um território. Somente no Estado do Pará, mais de 2.300 sítios arqueológicos estão cadastrados no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e alguns deles estão ao alcance não apenas de pesquisadores e estudantes, mas também da comunidade local e de turistas interessados em conhecer mais da história do território paraense.

Distante cerca de 1.400 quilômetros da capital Belém, no município de Monte Alegre, o Parque Estadual Monte Alegre (PEMA) salvaguarda resquícios da conexão com o passado dos povos amazônicos que habitaram a região há pelo menos 12 mil anos, segundo as pesquisas já realizadas. Em uma área de 36,78 quilômetros quadrados de extensão, o complexo de serras, vales e cavernas abriga formas e desenhos marcados em diferentes sítios arqueológicos, um patrimônio de valor inestimável. A Unidade de Conservação é gerenciada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).

O gerente do PEMA, Itajury Kishi, aponta que o parque abriga pinturas rupestres com registros mais antigos da ocupação das Américas, oficialmente. “A pesquisadora Ana Roosevelt veio ao parque na década de 90 e identificou pinturas datadas de 11.200 anos. Hoje, já se fala em 12 mil, 13 mil anos”.

Dentro do PEMA está localizado um dos mais antigos sítios arqueológicos do Brasil, a Caverna da Pedra Pintada. Mas, para além das pinturas, também se destacam no local formações rochosas esculpidas pelo próprio vento. Outro atrativo que costuma chamar a atenção de quem visita a unidade de conservação.

“Aqui no parque a gente tem trilhas, temos mirantes, cavernas e pinturas rupestres. Então, esses atrativos são para as pessoas conhecerem a história de uma ocupação que é muito antiga”, aponta.

“O parque fica localizado em Monte Alegre, no centro da Amazônia, e dentro do parque a gente tem uma vegetação de savana, cerrado e uma transição para floresta. Então o PEMA é bem representativo para quem quer conhecer a Amazônia. O parque está de portas abertas para receber os turistas, todo mundo que queira conhecer parte da nossa história ancestral”.

Para receber de maneira mais estruturada os turistas interessados em conhecer o parque e suas riquezas históricas, o local conta com um Centro de Visitantes. Itajury explica que não é cobrado ingresso para visitar o PEMA, porém é necessário ser acompanhado por um condutor que acompanhará o grupo até os sítios.

Tais condutores são moradores das próprias comunidades do entorno do parque e toda a estrutura de informações técnicas e de localização dos condutores é encontrada assim que se chega ao parque. “Nós fazemos capacitação com os condutores, capacitações sobre a arte rupestre, capacitações de primeiros socorros, capacitações sobre os cuidados necessários e de como conduzir grupos de até 10 pessoas”, explica. “A gente tem uma estrutura com um centro de visitantes, com auditório, banheiros, espaço de venda de lanches”.

Em outra região do Estado do Pará, no maior arquipélago fluviomarinho do mundo, a presença de diversos sítios arqueológicos também guarda parte da memória dos povos originários que viveram na Amazônia. No Marajó, mais especificamente no município de Salvaterra, o Sítio Arqueológico do Marajó salvaguarda artefatos de cerâmica marajoara.

Na Vila de Joanes, por exemplo, pesquisadores já identificaram inúmeros resquícios de cerâmica Marajoara, peças que são vestígio da tecnologia desenvolvida por ancestrais que viveram no Marajó muito antes da chegada dos colonizadores europeus.

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a cerâmica Marajoara é encontrada especialmente na região chamada de Marajó dos Campos e já vem sendo pesquisada desde o século XIX. O que os estudos arqueológicos já conseguiram identificar é que a região do Marajó já era habitada há aproximadamente 3,5 mil anos. Entre os usos dados a essas cerâmicas, o principal era o doméstico, a partir da confecção de vasilhas, postes, vasos, pratos, entre outros objetos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

Mas, para além da cerâmica deixada pelos primeiros habitantes da região, na Vila de Joanes também é possível encontrar vestígios do período colonial, com é o caso das ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, fundada na primeira metade do século XVIII pela ordem dos franciscanos. Segundo o Iphan, no entorno das ruínas, pesquisadores já encontraram peças como crucifixos, pratos de faiança portuguesa, garrafas e moedas.

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Roteiro arqueológico pelo Pará: história viva da Amazônia

Descubra lugares onde a ancestralidade amazônica se faz presente por meio de pinturas rupestres, artefatos milenares e paisagens naturais impressionantes. Conheça três pontos turísticos arqueológicos imperdíveis no Pará: o Parque Estadual Monte Alegre, a Vila de Joanes e o Museu do Marajó.

Parque Estadual Monte Alegre (PEMA)

📍 Localização: Município de Monte Alegre

📏 Distância de Belém: Cerca de 1.400 km

🚗 Como chegar: Pela Rodovia Transamazônica (BR-230), com travessia de balsa

🕗 Funcionamento: Todos os dias, das 8h às 17h

💰 Entrada gratuita (com acompanhamento de condutor local)

O PEMA é um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil, com registros da presença humana que datam de mais de 12 mil anos. O parque reúne cavernas, formações rochosas, trilhas e mirantes, oferecendo uma verdadeira imersão na história dos primeiros povos da Amazônia.

Descubra os sítios arqueológicos do Pará e suas histórias
📷 |Foto: Reprodução

Principais atrativos

Serra da Lua: Paredões com pinturas rupestres coloridas. Destaque para um círculo de 1 metro pintado em vermelho e amarelo.

Gruta Itatupaoca: Entrada imponente com 9,5 metros de altura e pinturas nas paredes externas.

Pedra do Mirante: Vista panorâmica de 360º da região, com pinturas rupestres na base.

Painel do Pilão: Grande mural arqueológico ao ar livre, com 6 metros de altura por 15 de largura.

Gruta do Pilão (Caverna da Pedra Pintada): Um dos sítios mais antigos da Amazônia com dezenas de pinturas internas e externas.

Pedra do Pilão: Mirante natural com pinturas pré-históricas e vista para o rio Amazonas.

Pedra do Cogumelo: Formação rochosa esculpida pelo vento, semelhante a um cogumelo.

Pedra da Tartaruga: Escultura natural com forma de tartaruga.

Centro de Visitantes: Com auditório, exposições, banheiros e área de contemplação com vista para a Serra da Lua.

Vila de Joanes – Salvaterra, Marajó

Localização: Salvaterra, Arquipélago do Marajó

📏 Distância de Belém: 91,2 km

🚢 Como chegar: Barco até o Porto de Camará + 22 km de van até Joanes

A charmosa Vila de Joanes é um verdadeiro tesouro histórico. Abriga vestígios da cerâmica marajoara — produzida por povos indígenas muito antes da colonização — e as ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída pelos franciscanos no século XVIII.

Destaque: O passeio também inclui praias agradáveis, unindo cultura e lazer em um só lugar.

Acervos naturais revelam segredos de povos com mais de 12 mil anos no Pará
📷 Acervos naturais revelam segredos de povos com mais de 12 mil anos no Pará |Foto: Governo do Pará

Museu do Marajó – Cachoeira do Arari

📍 Localização: Cachoeira do Arari, Arquipélago do Marajó

📏 Distância de Belém: 128 km

🚢 Como chegar: Barco a partir do Terminal Hidroviário de Belém

🕗 Funcionamento:

Terça a quinta: 9h às 14h

Sexta a domingo: 9h às 17h

Descubra os sítios arqueológicos do Pará e suas histórias
📷 |Foto: Reprodução

Fundado pelo padre Giovanni Gallo, o museu abriga um acervo fascinante que retrata a cultura dos povos marajoaras. Entre os itens, estão urnas funerárias, instrumentos de pesca, peças cerâmicas e objetos sagrados usados pelas civilizações que habitaram a ilha há milhares de anos.

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